sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A Grande Transição - As Biocivilizações do Futuro

FONTE: IPEA-USP
DATA DA NOTÍCIA:05 /12 /2008

PALESTRA ON-LINE - IGNACY SACHS

"Estamos no início da saída gradual da era do petróleo. Essa mudança é motivada pela necessidade de mitigar as mudanças climáticas e facilitada pela eminência do pico do preço do petróleo." A afirmação é do economista e sociólogo Ignacy Sachs, professor emérito da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, França e pesquisador visitante do IEA.
No dia 10 de dezembro, às 10h00, Sachs tratará dessa questão na conferência "A Grande Transição - As Biocivilizações do Futuro".Sachs considera esta a terceira grande transição na longa história da co-evolução da espécie humana com a biosfera, depois da revolução Neolítica há 12 mil anos, marcada pela domestificação de vegetais e animais, e da era das energias fósseis, iniciada há três séculos.
"Convém buscar soluções simultâneas à ameaça de mudanças climáticas deletérias e possivelmente irreversíveis, ao avanço das desigualdades sociais e ao déficit crônico e grave de oportunidades de trabalho decente", alerta o economista. Para que a humanidade tenha êxito na busca dessas soluções, "devemos examinar até onde podemos avançar na construção de biocivilizações modernas, baseadas na captação de energia solar pela fotossíntese e no uso múltiplo de biomassas como alimento humano, ração animal, adubo verde, bioenergias, materias de construção, fármacos e cosméticos".
Segundo Sachs, as vantagens comparativas naturais dos países tropicais devem ser potencializadas pela pesquisa e pela organização social apropriada do processo produtivo: "A pesquisa deve explorar o trinômio biodiversidade-biomassas-biotecnologias, estas últimas aplicadas nas duas pontas do processo produtivo em busca de soluções intensivas em conhecimentos e mão-de-obra e poupadoras de recursos naturais e financeiros".
LINK: Transmissão ao vivo pela internet www.iea.usp.br/aovivo

COMENTÁRIO: Ingacy Schas é um renomado economista e sociólogo publicou diversos livros sobre o tema de desenvolvimento sustentável e "ecossocioeconomia". Desde a década de 70 vem fomentando o debate sobre problemas ambientais e sua relação com a economia. Trabalhou na organização da Primeira Conferência de Meio ambiente e Desenvolvimento em Estocolmo em 1972 e na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992 (Eco 92). É autor de mais de 20 livros, vários deles publicados no Brasil.
Para os que puderem assistir a palestra pessoalmente, o endereço é:
Local: Auditório Alberto Carvalho da Silva, sede do IEA - Av. Prof. Luciano Gualberto, Trav. J 374 - Cidade Universitária, São Paulo
Blog Nossos Negocios - Victor Rizzo

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Emergence on Global Stage Leaves Brazilians Divided

FONTE: SPIEGEL ONLINE
DATA DA NOTÍCIA: 10/08/2008

Brazil's very recent emergence on the global stage has fueled debate in the country between those advocating adaptation to international norms and those who view Brazil's real interests as conflicting with the current world order.

The key aim of Brazilian foreign policy has long been to achieve international recognition as a major player in international affairs. This aim stemmed from its belief that it should assume its "natural" role as a "big country" in the world arena. Now, as a result of the concurrence of a changing international environment and an altered domestic polity, Brazil seems closer than ever before to achieving this aim. It is gaining increasing international recognition and is poised to emerge as a "big power." However, there remain several challenges that need to be addressed in order for Brazil to meaningfully participate in global governance. This article outlines the factors that have led to Brazil's rise, the conceptual basis of Brazilian foreign policy, and the challenges ahead.
It is clearly visible that Brazil is increasingly recognized as a major player in the international arena. It is included among the "outreach five countries" along with China, India, Mexico, and South Africa, which participate in "constructive engagement" with the G-8. Engagement also seems to be the goal of the European Union, which has established strategic partnerships with countries such as South Africa, Brazil and India. It is interesting that the increased attention given to Brazil is not necessarily linked to military capacity, but rather to Brazil's ever greater importance in the global economy.

LINK: http://www.spiegel.de/international/world/0,1518,582861,00.html

COMENTÁRIO: Este extenso artigo, escrito por uma brasileira, apresenta os diversos fatores que estão fazendo o Brasil assumir um papel mais significativo na arena internacional e passar a ser um player de maior peso. O artigo mostra também os desafios, internacionais e domésticos, que o país tem pela frente para poder atingir seus objetivos. É interessante ver o que estão publicando lá fora sobre o nosso país.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

e-Xyon administra mais de 1,2 milhão de processos

FONTE: COMARCA MUNDO JURIDICO
DATA DA NOTÍCIA: 14/10/2008

Gestor Jurídico atende necessidade das empresas de gestão de riscos jurídicos
A e-Xyon, empresa brasileira de Gestão de Riscos Jurídicos, que já gerencia mais de 1,2 milhão de processos, está ampliando sua atuação na prestação de serviços de gestão jurídica para departamentos jurídicos e escritórios. A companhia está expandindo suas soluções para o segmento de mercado de Recuperação de Créditos e Análise de Contratos.

Isso inclui a adequação das empresas e escritórios à Lei 11.638. A lei, semelhante à Lei Sarbanes- Oxley, foi promulgada em dezembro de 2007, entrou em vigor em janeiro de 2008 e deve ser aplicada nos balanços que serão divulgados a partir do primeiro trimestre de 2009.

Na prática, a nova lei muda a forma de se avaliar ativos, passivos e riscos. Essa lei se aplica às empresas de capital aberto e de capital fechado de grande porte e obriga a todas a seguir padrões internacionais de transparência nas práticas contábeis.

A e-Xyon possui uma completa plataforma de serviços para Gestão de Riscos Jurídicos. “Isto permite às empresas e escritórios realizarem um completo diagnóstico jurídico e fazer a gestão de suas carteiras de forma contínua e consistente” explica Victor Rizzo, gerente de Negócios da e-Xyon.

LINK: http://www.exyon.com.br/component/content/article/41-mercado-de-capitais/70-e-xyon-administra-mais-de-12-milhao-de-processos.html

COMENTÁRIO: Se consideramos que no país o judiciário como um todo tem cerca de 45 milhões de processos, a e-Xyon gerencia cerca de 2,7% deste total. Isoladamente a empresa gerencia mais processos do que diversos tribunais estaduais do país.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Sinopse Internacional - Outubro 2008

FONTE: BNDES
DATA DA NOTÍCIA: 01/10/2008

Publicação semestral do BNDES, em seu número 10, aborda o panorama mundial da economia, incluindo temas como a evolução dos preços das commodities, histórico dos índices das bolsas entre 2006 e 2008, taxa de juros média dos Federal Funds, desempenho da economia mundial e previsões de crescimento, composição do PIB mundial dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, desedobramentos da crise subprime, aceleração da inflação mundial, evolução do comércio exterior brasileiro com detalhes sobre a exportação do etanol e uma matéria especial, bastante detalhada, sobre o panorama dos fundos soberanos.

LINK: http://www.bndes.gov.br/conhecimento/publicacoes/cataologo/sinopse_intl.asp

COMENTÁRIO: Como sempre a publicação do BNDES, permite ter uma visão ampla e bem fundamentada da evolução da economia mundial. Este número apresenta na, página 8, as estatísticas de citei em meu comentário ao post anterior do André Lauria, sobre o PIB dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Para resumir, em 1998, o PIB dos países emergentes e em desenvolvimento representava 58% do PIB dos países desenvolvidos. Em 2008, esta relação será de 81%. Existem duas tendências muito importantes em curso. No mesmo período, o PIB dos países desenvolvidos apresentou uma queda de cerca de 13%, enquanto que o PIB dos emergenteres e em desenvolvimento apresentou um aumento na ordem de 22%. A previsão é que os dois valores iriam se igualar entre 2018 e 2020. Com a crise nos países desenvolvidos, é possível que esta previsão se antecipe. A médio prazo estamos falando de uma maior participação dos países em desenvolvimento na economia e nas decisões mundiais e uma maior equilibrio da riqueza no mundo. Ná página 9 são apresentados alguns gráficos do lucro líquido dos principais bancos americanos, o que permite entender melhor a crise subprime.

Veja também a edição anterior: Sinopse Internacional - Janeiro 2008

Victor Rizzo - Blog Nossos Negocios

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A ascensão do resto do mundo: os desafios da Nova Ordem Mundial

FONTE: Der Spiegel
DATA DA NOTÍCIA: 3/10 /2008

Os Estados Unidos não são mais capazes de suportar a crise mundial. Mas quem assumiria o seu lugar? A Rússia, o Brasil, a China e a Índia estão em ascensão, mas eles estão competindo também com a Europa e os Estados Unidos por recursos naturais finitos.

Estamos vivendo uma era na qual não há uma única potência dominante. O globo está acossado por crises (...). Nenhum país é capaz de elaborar soluções para problemas desse tipo. Nem mesmo as Nações Unidas estão a altura dessa tarefa.

Quais são as potências decisivas nesta nova ordem mundial? Os Estados Unidos, a Rússia, a Índia, a China, o Brasil e a União Européia estão sem dúvida entre elas. É interessante que estes países estejam se aproximando cada vez mais. A atual crise financeira demonstrou como as relações entre eles se aprofundaram. Outras similaridades são também reveladoras. Com a exceção dos europeus, cada um desses países contém aspectos do primeiro, do segundo e do terceiro mundo. Na megalópole Mumbai, por exemplo, a maior favela da Ásia fica ao lado de uma próspera área econômica. Uma pessoa que faça uma viagem pela Rússia encontrará tanto uma riqueza impressionante quanto uma pobreza absoluta. Até mesmo nos Estados Unidos, o país mais rico do mundo, parte da população luta para ter um padrão decente de vida. Esses países não são nem inimigos nem amigos uns dos outros; eles são "frenemies", competidores na busca por escassos recursos mundiais. Eles asseguram aos seus povos que são capazes de modelar a próxima ordem global e de garantir o futuro bem-estar da população, mas as respectivas idéias de futuro podem variar bastante. (...). As elites produtivas sabem que onde houver favelas haverá "cidades fracassadas" e "Estados fracassados".

Novas alianças que jogam os países uns contra os outros não serão capazes de resolver os desafios do século 21. Novas formas de cooperação internacional, consulta e compromisso precisarão desempenhar um papel central em um mundo multipolar. (...). Somente um futuro comum - "mudança através do bom relacionamento" e não "um choque de futuros" - poderá nos impulsionar para adiante.

LINK:http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/derspiegel/2008/10/03/ult2682u960.jhtm

COMENTÁRIO: Texto bem interessante este do Wolfgang Nowak, ligado ao Deutsche Bank. O conceito de "frenemies" reforça a responsabilidade global que os países de destaque passam a ter em um mundo multipolar e a necessidade de cooperação entre eles. É para pensar muito quando ele coloca que somente um futuro comum poderá nos impulsionar para adiante. Desafios complexos: novas soluções ou o antigo que nunca conseguiu ser feito direito?

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Prefeitura de São Paulo arrecada R$ 37 milhões com créditos de carbono

FONTE: ULTIMO SEGUNDO (VALOR ON LINE)
DATA DA NOTÍCIA: 25/09/2008

A Prefeitura de São Paulo arrecadou 13,69 milhões de euros (R$ 37 milhões) durante o leilão de créditos de carbono realizado nesta quinta-feira na BM & FBovespa. Ao todo, foram vendidos 713 mil créditos, também chamados de RCEs (Redução Certificada de Emissões), ao preço de 19,20 euros, o que representa um ágio de 35,21% sobre o valor inicial, de 14,20 euros.
Das dez instituições que participaram do leilão, oito fizeram ofertas. A dona dos lotes vencedores foi a empresa suíça Mercuria Energy Trading, baseada em Genebra.Do total de créditos arrematados, 454.343 são oriundos de um projeto do Aterro Sanitário Bandeirantes (zona norte), enquanto que os 258.657 créditos restantes vieram do Aterro Sanitário São João (zona leste).
O leilão foi acompanhado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e pelo presidente do Conselho de Administração da BM & FBovespa, Gilberto Mifano.
LINK:http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2008/09/25/prefeitura_de_sao_paulo_arrecada_r_37_milhoes_com_creditos_de_carbono_1938842.html

COMENTÁRIO: Um bom exemplo a ser seguido por outras prefeituras. E não estamos apenas em ser ambientalmente correto, mas sim de reforçar o caixa das prefeituras.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Falta de mão-de-obra freia empresas em emergentes, diz relatório

FONTE: BBC BRASIL
DATA DA NOTÍCIA: 23/09/2008

Um levantamento realizado pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU, na sigla em inglês) afirma que executivos acreditam que o principal empecilho para o crescimento de suas empresas nos países emergentes é a falta de mão-de-obra qualificada.

Mais de 1,3 mil executivos foram ouvidos no levantamento, que é um dos maiores já realizados sobre como as empresas avaliam as condições que enfrentam para fazer negócios em 15 países emergentes, entre eles o Brasil.
Quase um em cada quatro executivos, 23% deles, diz acreditar que a falta de mão-de-obra qualificada é um grande problema para suas empresas nesses países.
Cerca de 75% dizem acreditar que esse é pelo menos um empecilho de importância moderada.

LINK: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/09/080923_pesquisaeiu_emergentesrg.shtml

COMENTÁRIO: Este assunto já tinha sido assunto de outros post do blog. Vide os links


Basicamente estamos falando em deficiências do sistema de educação e do gargalo que isto gera para o crescimento econômico. A má notícia é que este gargalo não se resolve de uma hora para outra. Temos que investir em educação agora para que o pais tenha uma mão de obra suficiente e de boa qualidade daqui a 15 anos. A formação de bons profissionais não se dá forma rápida. No caso de executivos isto exige, alêm de uma boa formação, tempo e experiência, erros e acertos, oportunidade de experimentar e aprender. Não se formam executivos em apenas bancos de MBA.
Veja também o artigo : "Falência do ensino e destruição do Futuro" no Site - O Futuro Começa Agora.
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Royalties: quase 80% é contingenciado

FONTE: Contas Abertas
DATA DA NOTÍCIA: 16/09/2008

Ainda não se tem certeza sobre o valor que o governo federal arrecadará pela exploração das novas reservas de petróleo acumuladas na camada do pré-sal. Ainda assim, os estados já se digladiam pela maior fatia dos royalties. Enquanto isso, 60% dos recursos globais autorizados em orçamento para este ano oriundos da fonte de “compensação financeira por exploração de petróleo ou gás natural” ainda não foram aplicados pelos governos federal e estaduais. Dos R$ 24 bilhões previstos no orçamento para 2008 com recursos originados dessa fonte, apenas R$ 9,7 bilhões foram efetivamente gastos até agora, incluindo os chamados restos a pagar - dívidas de anos anteriores roladas para exercícios seguintes. Do montante previsto exclusivamente para uso do governo federal, R$ 8,9 bilhões, pouco mais de R$ 7 bilhões (79%) estão congelados na chamada reserva de contingência, que anualmente ajuda nas metas de superávit primário do governo federal (veja a tabela).

Além disso, da arrecadação global de royalties sob responsabilidade da União este ano (R$ 8,9 bilhões), apenas R$ 763 milhões foram desembolsados, o que representa somente 9% do total previsto em orçamento. A compensação financeira é restituída pelas empresas concessionárias ao orçamento da União por meio dos royalties – valores pagos sobre a produção bruta de petróleo – e das “participações especiais” – calculadas sobre a receita líquida trimestral dessa produção e só para uma produção de 30 mil barris por dia ou mais.Dentre os baixos índices de gastos realizados com recursos adquiridos pelos royalties, destaca-se o Ministério do Meio Ambiente (MMA). O órgão é responsável por administrar R$ 1,1 bilhão dos recursos originados da compensação financeira por exploração de petróleo ou gás natural, mas até agosto aplicou apenas R$ 1,2 milhão – o que não representa sequer 1% do orçamento global previsto para a pasta (veja tabela do MMA).

Do valor global administrado pelo órgão, R$ 9,6 milhões (1%) são efetivamente passíveis de execução com despesas do ministério, segundo informa a assessoria do MMA. O restante é enquadrado na reserva de contingência. Os recursos são utilizados no desenvolvimento de estudos, pesquisas e projetos relacionados com a preservação do meio ambiente e a recuperação de danos ambientais causados pelas atividades da indústria do petróleo.Em seguida, o menor percentual de execução está a cargo do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que neste ano desembolsou somente 23% do R$ 1,4 bilhão autorizado em seu orçamento (veja tabela do MCT).

Segundo a assessoria do MCT, parte do orçamento ainda está em processo de elaboração de edital para ser liberado. “Os editais serão lançados em breve pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), mas todos os recursos serão aplicados até 2010, conforme projetado, em março deste ano, pelo Conselho Gestor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico”, explica a assessoria em nota.Dentre as ações do MCT com base nos recursos arrecadados por royalties estão as atividades de pesquisa, de qualificação de recursos humanos, diagnóstico das necessidades e prognóstico das oportunidades para a indústria do petróleo. Os recursos do ministério devem, ainda, financiar programas de amparo à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados ao setor do petróleo e do gás natural.

O Ministério da Defesa também desembolsou pouco este ano com verba originada da fonte de compensação financeira por exploração de petróleo ou gás natural. Somente 20% do total de R$ 1,7 bilhão foi gasto pela pasta (veja tabela da Defesa). A Marinha do Brasil, responsável pela execução do orçamento levantado pelos royalties do petróleo destinados à Defesa, justifica que o montante disponível para o ministério é composto por R$ 706 milhões da reserva de contingência e por R$ 994 milhões de Orçamento de Custeio e Capital (OCC), que incluí as despesas do dia-a-dia do órgão. “Do montante passível de empenho, a Marinhas do Brasil efetivamente gastou cerca 45% (R$ 297,03 milhões)”, justifica o ministério. A Marinha esclarece, ainda, que a limitação nos gastos se dá, principalmente, pelo contingenciamento aplicado ao Ministério da Defesa. Segundo o ministério, o orçamento é utilizado para atender aos encargos de fiscalização e proteção das áreas de produção do petróleo. Além disso, com esses recursos a Marinha custeia a manutenção, reaparelhamento e reparos de equipamentos, a aquisição de combustíveis e sobressalentes utilizados nas missões e a capacitação de pessoal.

Os royalties administrados diretamente pelo Ministério de Minas e Energia (MME) totalizam R$ 4,5 bilhões em 2008. Desse total, apenas 2% foram efetivamente gastos. Segundo o MME, os recursos contemplam programas do próprio ministério, além de serem redistribuídos para outros órgãos vinculados, como a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM, por exemplo, para onde há dotação de R$ 717,5 milhões. Desse montante, 88% estão contingenciados e somente 5% do valor global foram aplicados pela companhia até agora. Para a Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis – ANP, o orçamento prevê R$ 3,2 bilhões, dos quais 99% estão destinados à reserva de contingência (veja tabela do MME).

O MME tem à disposição de seus programas, com recursos dos royalties, o total de R$ 670,4 milhões, tendo sido gasto pouco mais de 1% desse valor. A justificativa: R$ 661,2 milhões (99%) na reserva de contingência. De acordo com o ministério, os recursos são utilizados para o financiamento de estudos, pesquisas, projetos, atividades e serviços de levantamentos geológicos básicos no território nacional. Além desses montantes, o MME é responsável também por emitir os empenhos referentes às “transferências constitucionais e as decorrentes de legislação específica”, que são as arrecadações repassadas aos estados e municípios. Do montante de R$ 15,2 bilhões, o ministério empenhou quase 100%, tendo sido repassados efetivamente R$ 6,6 bilhões às regiões beneficiárias. Vale lembrar que os repasses aos estados e municípios são feitos em parcelas mensais e que a execução do orçamento distribuído não é passível de acompanhamento pelo o Sistema de Administração Financeira do governo federal (Siafi).

Debate precipitado

De acordo com Roberto Piscitelli, economista e professor de finanças públicas da Universidade de Brasília, o governo tem colocado o “carro na frente dos bois”. O economista acredita que a aposta sobre o pré-sal é muito alta e precipitada. “Ainda não temos certeza da viabilidade da exploração no pré-sal”, afirma. Além disso, Piscitelli lamenta que a discussão sobre o rateio dos royalties tenha se tornado de baixo nível. "A briga pela maior parte dos royalties só demonstra a pobreza de valores dos nossos líderes. Cada estado quer uma parte maior alegando que a região sofre pela exploração, mas se somos uma federação é preciso termos consciência de que a melhor distribuição é a descentralizada", diz o economista.

Para Piscitelli, as arrecadações são resultado do apoio dos contribuintes nos mais de 50 anos de existência da Petrobrás e por isso deveriam ser bem aplicadas, ou ao menos aplicadas de fato. “O aspecto da baixa execução do orçamento é crônico e atinge quase toda a programação orçamentária, mesmo naquilo com que o governo efetivamente se compromete a gastar”, explica o professor.

Milton Júnior (do Contas Abertas)

LINK: http://www.contasabertas.com/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=2389

COMENTÁRIO: Ainda não é possível ter certeza da viabilidade econômica da exploração, mas o fato é divulgado como receita certa. Talvez o dinheiro gerado pelo pré-sal só esteja disponível daqui a mais dois mandatos presidenciais e já estão brigando por ele. Mais do que precipitado, o debate parece pouco responsável e muito eleitoreiro.

Veja também o artigo "Pré-sal, discurso e futuro" no Site -O Futuro Começa Agora

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Cientistas modificam bactéria para fazer etanol a partir de qualquer planta

FONTE: G1 GLOBO.COM
DATA DA NOTÍCIA: 09/09/2008

Linhagem criada nos Estados Unidos transforma celulose em etanol. Meta é viabilizar a produção do combustível em larga escala naquele país. Cientistas americanos continuam na corrida para desenvolver uma forma de produzir etanol que seja competitiva. Sua última criação é uma bactéria, capaz de comer celulose e excretar etanol, com alta produtividade.

O microrganismo é uma versão "adaptada" da bactéria Thermoanaerobacterium saccharolyticum. Trata-se de uma criatura termofílica (ou seja, que gosta de altas temperaturas) e anaeróbica (ou seja, que não usa oxigênio). Os cientistas, liderados por Joe Shaw e Lee Lynd, do Dartmouth College, nos EUA, modificaram geneticamente o bichinho (rebatizado de ALK2) para que ele produzisse mais e melhor o etanol. Deu certo: além do alto rendimento, acabou que o etanol foi praticamente o único produto gerado pela bactéria.

LINK:http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL752590-5603,00-CIENTISTAS+MODIFICAM+BACTERIA+PARA+FAZER+ETANOL+A+PARTIR+DE+QUALQUER+PLANTA.html

COMENTÁRIO: O processo normal de produção de etanol (álcool etílico) baseia-se na transformação dos açúcares (glicose) ou amidos existentes em certos vegetais em álcool, através da ação de leveduras (Saccharomyces cerevisiae) ou bactérias. Este processo de fermentação é utilizado por estes microorganismos para a obtenção de energia e tem como subproduto o álcool e o gás carbônico. Isto vale tanto para o álcool combustível veicular, para a sua cerveja, para o vinho ou mesmo para a sofisticada champagne.

No caso da cana de açúcar, o caldo é previamente purificado e transformado em mosto, uma solução com teores de açúcar previamente ajustada. A este mosto são adicionadas as leveduras para que ocorra o processo de fermentação, que irá resultar em uma intensa liberação de gás carbônico e a transformação do açúcar em álcool diluído em água. O produto final deste processo é uma solução um teor alcoólico de cerca de 7° a 10° GL.

Esta solução passa então por diversas torres de destilação que irão progressivamente recuperando, concentrando e purificando o álcool até cerca de 96° GL. O resíduo desta destilação é a vinhaça que é posteriormente utilizada para a adubação na agricultura.

O subproduto deste processo é o bagaço de cana que hoje é aproveitado como combustível para queima e geração de energia em termelétricas, que garante a auto-suficiência energética das usinas de cana. Com este sistema de geração de energia prevê-se que as usinas irão gerar até 2020 o equivalente a duas Itapus de energia.

O álcool gerado desta forma representa apenas um terço da energia captada do sol pela planta. Os outros dois terços são energia solar convertida em celulose através do processo de fotossíntese.

As pesquisas estão evoluindo hoje para a obtenção de etanol a partir de restos vegetais abundantes e de pouco valor econômico contendo celulose, como palhas, restos de madeira, ou o próprio bagaço de cana, que não sirvam para alimentação humana ou animal. Este processo é o chamado etanol de lignocelulose e se dá através da hidrólise, que pode ser enzimática ou acida, sendo a primeira mais eficiente.

Isto abre a porta para a utilização de uma grande variedade de matérias primas para geração de álcool e energia, incluindo-se por exemplo, cascas de eucalipto ou qualquer outro resíduo agroindustrial rico em carbono.

No caso do eucalipto, a madeira, galhos ou as cascas são cozidas em água gerando um caldo chamado de licor negro. Este licor negro é utilizado para a obtenção do etanol.

A obtenção de energia a partir que qualquer material celulósico barato irá permitir que diversos países possam reduzir o seu consumo de petróleo e derivados. Isto é particularmente importante para países como os Estados Unidos que estão sujeitos e uma grande dependência de importação de petróleo dos países Árabes, o que gera como conseqüência uma forte pressão políticas nas relações, que entre outros, culminou com a invasão do Iraque pelas tropas americanas para a garantia da manutenção do acesso ao petróleo. O domínio desta tecnologia poderá representar uma mudança na geopolítica global, principalmente no caso dos Estados Unidos que é totalmente refém dos países Árabes e iniciar um processo de mudança da matriz energética para energias renováveis.
Os países membros da Opep detêm 75,5% das reservas de petróleo comprovadas do mundo, o que os dá um enorme poder de barganha no cenário mundial. Do total das reservas mundiais de 61% estão concentradas nos países do Oriente Médio.
Já os Estados Unidos, respondem por 2,4% das reservas comprovadas, 8,0% da produção e 23,9% do consumo mundial.

Hoje existe uma intensa corrida dos centros de pesquisa, principalmente nos Estados Unidos e Brasil, onde a indústria de etanol é mais evoluída, para o desenvolvimento de processo e patentes de produção de álcool a partir da celulose.

De quebra, o etanol é muito menos poluente do que os combustíveis a base de petróleo o que também ira contribuir para redução de emissão de gases de efeito estufa. O meio ambiente agradece.
No futuro poderemos, por exemplo, estar fazendo álcool de caixas de papelão (celulose) do lixo!

Em tempo, a Embrapa já esta desenvolvendo processo para obtenção de Etanol a partir de batata doce e mandioca.
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Germany leads 'clean coal' pilot

FONTE: BBC NEWS
DATA DA NOTÍCIA: 03/09/2008

This mini power plant is a pilot project for carbon capture and storage (CCS) - the first coal-fired plant in the world ready to capture and store its own CO2 emissions.
Next week the pilot - an oxyfuel boiler - will be formally commissioned.
A cloud of pure oxygen will be breathed into the boiler. The flame will be lit. Then a cloud of powdered lignite will be injected.
The outcome will be heat, water vapour, impurities, nine tonnes of CO2 an hour, and a landmark in clean technology.
Because the CO2 will then be separated, squashed to one 500th of its original volume and squeezed into a cylinder ready to be transported to a gas field and forced 1,000m below the surface into porous rock where it should stay until long after mankind has stopped worrying about climate change.

LINK: http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/7584151.stm

COMENTÁRIO: O armazenamento de gás carbônico no subterrâneo não chega a ser uma novidade. Este tipo de solução já era prevista há algum tempo. A novidade aqui é o fato de que uma planta piloto já está operando neste sistema. A questão do uso do carvão para geração de energia esbarra hoje principalmente no fato de que este é muito poluente e emite um consideravel volume de CO2, um dos principais responsáveis pelo aquecimento atmosférico. Embora não seja uma fonte renovável, as reservas de carvão no mundo são muito grandes e permitiriam seu uso ainda por muitas décadas. O problema entretanto pode ser resumido assim:
1- O carvão é um combustível fóssil e portanto não renovável.
2- As reservas de carvão no mundo são muito grandes.
3- Caso a tecnologia se demonstre viável em termos de custo, esta alternativa pode se mostrar positiva.
4- Não devemos nos desviar entretanto da busca de alternativas de energias renováveis como a solar e eolica que serão, estas sim, solucões definitivas para o problema de energia da humanidade a longo prazo. Apenas como dado comparativo, o Sol envia para a Terra cerca de 10.000 vezes o consumo mundial de energia primária.
6- No caso da energia solar, está permite ainda a geração distribuída pelos próprios consumidores (residências e empresas) o que elimina o custo de extensas linhas de transimissão e de distribuição da energia gerada em unidades de grande porte.
7- Se comparado com os outros sistemas de geração de energia, o investimento realizado em pesquisa de energia solar fotovoltaica e eólica e muito pouco significativo. Maiores insvestimento representam maior eficiência dos sistemas e redução do custo por kW.
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios

domingo, 10 de agosto de 2008

Petrobras descobre nova jazida de óleo leve no pré-sal

FONTE: AGÊNCIA ESTADO
DATA DA NOTÍCIA: 07/08/2008

A Petrobras informou nesta noite a descoberta de uma nova jazida de óleo leve na área do pré-sal da Bacia de Santos. A informação consta de comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A estatal não especifica o tamanho do poço, informalmente conhecido como Iara, mas diz que a densidade do óleo é de cerca de 30 graus API(sigla que identifica a classificação da qualidade do óleo), bastante mais alta do que a média nacional, abaixo dos 20 graus. A classificação máxima é de 50 graus API. Quanto mais perto desse número, de maior valor é o óleo. Em 12 de junho, a Petrobras já havia anunciado a descoberta de uma jazida de óleo leve no pré-sal.
O poço está localizado em área explorada pelo consórcio formado pela Petrobras, que é a operadora, com 65%, o britânico BG Group, com 25%, e a portuguesa Galp Energia, com 10%. O consórcio explora o bloco conhecido como BM-S-11.O bloco é composto por duas áreas exploratórias, sendo que na maior delas foi perfurado o campo de Tupi, que encontra-se em fase de avaliação.
O novo poço, informalmente conhecido como Iara, encontra-se a cerca de 230 quilômetros do litoral da cidade do Rio de Janeiro, em lâmina d''água de 2.230 metros. A estatal informa que ele ainda encontra-se em perfuração em busca de objetivos mais profundos.A descoberta foi comprovada através de amostragem de óleo leve por teste a cabo, em reservatórios localizados em profundidade de cerca de 5.600 metros, e comunicada hoje à Agência Nacional do Petróleo (ANP).

LINK: http://aeinvestimentos.limao.com.br/economia/eco14283.shtm
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios

Making Mobile Networks Cheap and Green

FONTE: SPIEGEL ONLINE
DATA DA NOTÍCIA: 08/04/2008

VNL of Sweden unveils a solar-powered base station for the cellular industry that is a fraction of the size and cost of conventional towers.

It has taken 21 years to get mobile phones into the hands of 3 billion people around the world. Reaching the next 1.5 billion, who live in the world's poorest and most remote corners, is expected to take a lot less time but will pose much tougher challenges.
There is, for instance, the thorny question of how to justify the expense of installing transmission towers in areas where people can only afford to pay as little as $2 per month for phone service—not to mention the cost of running and servicing equipment where electricity and engineers are in short supply.
That is where VNL, a new, privately funded Swedish-Indian telecom equipment maker comes in. Co-founded by Anil Raj, a Stockholm-based mobile industry veteran who held key roles at Ericsson and Sony Ericsson, VNL includes a dozen of the engineers and executives who created the digital-mobile technology known as GSM. They have turned their expertise to the challenge of making mobile networks that are vastly cheaper, simpler, and less power-hungry than anything ever before devised.
The Four-Year Wait is Over
Now, after four years in stealth mode, VNL is finally pulling back the curtain. In July, the company introduced its radically new mobile transmission towers—known in industry parlance as base stations. Costing just $3,500 each (compared with prices typically ranging from $10,000 to $100,000 for conventional base stations) and roughly the size of a laser printer, VNL's base stations are powered by solar energy and use only as much energy as a 100-watt lightbulb. That's one-sixth the amount needed by the most efficient competing base stations that run on alternative energy.

LINK: http://www.spiegel.de/international/business/0,1518,569855,00.html

COMENTÁRIO: O artigo apresenta um caso muito interessante no qual a energia solar não só é viavel, mas permitiu reduzir drasticamente o custo das torres de transmissão de sinal de celulares.
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios

Brazil defends biofuel's merits

FONTE: BBC NEWS
DATA DA NOTÍCIA: 28/07/2008

Truckloads of sugar cane arrive from the nearby fields, some cut down by hand, some - in a sign of things to come - removed by machine.
From sugar cane fields to the garages of Brazil, doubts about biofuels in other parts of the world have not visibly slowed the process here.
Marcus Jank, president of the Sugar Cane Producers Association believes ethanol from sugar cane brings environmental and economic benefits.
"The first benefit is to reduce dependence on oil," he says.
"In our case we have replaced 50% of petrol with ethanol and also it was possible to have reduced the price of fossil fuels because of the competition with ethanol.
"We estimate that if there was not ethanol the petrol price would be 30% higher in Brazil."

LINK: http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/7528323.stm

COMENTÁRIO: Por ignorância ou desinformação intencional, existe uma confusão muito grande entre o etanol produzido a partir do milho (EUA) e a partir da cana de açucar (Brasil). No caso americano, 1/3 da produção de milho de 2008 está sendo destinado à produção de etanol, com grande impacto sobre o preço das rações para bovinos, suinos e aves, gerando aumento dos produtos deste ramo da agroindústria nos EUA e inflação no preço dos alimentos. No caso da cana de açucar brasileira, não existe competição direta com a produção de alimentos (salvo açucar) e ainda existe um potencial de aumento significativo da produção, sem que sejam incorporadas novas áreas da fronteira agrícola da região amazônica. O artigo apresenta alguns números da básicos da indústria de etanol brasileira.
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Doha: Brasil avisa que vai para a briga para defender o etanol na OMC

FONTE: O GLOBO
DATA DA NOTÍCIA: 23/07/2008

GENEBRA - O Brasil vai para a briga se os Estados Unidos e a União Européia insistirem em limitar o acesso do etanol a seus mercados, advertiu o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em conversa com o ministro indiano de Comércio, Kamal Nath. (Veja ainda: BID empresta US$ 269 milhões para usinas de etanol no Brasil )
A questão do etanol é considerada fundamental para um acordo na Rodada Doha, daí o interesse de Kamal sobre as barganhas envolvendo o produto. Ir para a briga significaria bloquear um acordo de Doha. Mas a decisão terá de ser bem pesada, no momento preciso, para ver se realmente compensa.
Em conversa com Kamal Nath, o chanceler demonstrou receio de que a UE tente realmente criar cota para o etanol, o que limitaria o acesso do biocombustível ao mercado europeu a um volume insignificante.
Além disso, os EUA recusam negociar a taxa de US$ 0,54 por galão importado, e tampouco apontou alguma tentativa de solução.
- Para o Brasil, a exclusão do etanol da liberalização global é politicamente inaceitável. Se não houver solução na Rodada Doha, o Brasil terá de abrir uma disputa na OMC, denunciando os EUA.

LINK:http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/07/23/doha_brasil_avisa_que_vai_para_briga_para_defender_etanol_na_omc-547375473.asp

COMENTÁRIO: As barreiras tarifárias ao etanol e a produtos chaves da agricultura são os principais pontos de negociação do Brasil na Rodada de Doha. O Brasil já ganhou a disputa do algodão na OMC e tem direito a uma retaliação comercial que ainda não utilizou. Com o impasse da negociação, agora está pressionando com a disputa litigiosa na OMC. A Brasil já tem elementos suficiente para sustentar sua tese. Um disputa na OMC entretanto leva de 4 a 5 anos.
A disputa litigiosa na OMC é um risco para EUA e EU.
Veja também a notícia sobre a disputa do algodão que o Brasil ganhou na OMS.
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios

CEF vai financiar projetos de energias renováveis

FONTE: O GLOBO
DATA DA NOTÍCIA: 23/07/08

A CEF vai intensificar participação no financiamento ao setor elétrico. O foco serão projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PHCs) e usinas eólicas e de biomassa, de modo a não competir com o BNDS, principal agente finaceiro dos grandes projetos de gereção de energia do país. A estratégia da CAIXA começará pelo Norte do país.
A instituição firmou convênio com a SUDAM, que até então só operava com o Banco da Amazônia (BASA), para emprestar recursos a empreendimentos privados aprovados pela ANEEL. Já começou a negociar parceria com o BANCO MUNDIAL. A previsão é de que o acordo seja fechado até o fim do ano, diz Adaílton Ferreira TRINDADE, (Gerente Nacional de Financiamento a Saneamento e Infra-Estrutura) :_ A linha com a SUDAM estará pronta em setembro. O volume de recursos não está definido. Além do Norte do país, atenderemos Mato Grosso e Oeste do Maranhão.
A CEF também quer atuar estruturando projetos de energia que serão financiados por fundos de investimentos, entre eles, o FGTS. A meta é emprestar R$ 1 bilhão este ano pelo modelo. Outro R$ 1 bilhão pederá vir das parcerias, como a firmada com a SUDAM.

Antonov An-225 - um peso pesado que sai do chão

FONTE: RODRIGO FAUSTINI

Fotos impressionantes do avisão cargueiro russo Antonov.
Um gigante dos ares ! Espetáculo da engenharia !!!

LINK: http://paginas.terra.com.br/informatica/faustini/antonov/

Uprising Against the Ethanol Mandate

FONTE: THE NEW YORK TIMES
DATA DA NOTÍCIA: 23/07/2008

The ethanol industry, until recently a golden child that got favorable treatment from Washington, is facing a critical decision on its future.
Gov. Rick Perry of Texas is asking the Environmental Protection Agency to temporarily waive regulations requiring the oil industry to blend ever-increasing amounts of ethanol into gasoline. A decision is expected in the next few weeks.
Mr. Perry says the billions of bushels of corn being used to produce all that mandated ethanol would be better suited as livestock feed than as fuel.
Feed prices have soared in the last two years as fuel has begun competing with food for cropland.
“When you find yourself in a hole, you have to quit digging,” Mr. Perry said in an interview. “And we are in a hole.”
His request for an emergency waiver cutting the ethanol mandate to 4.5 billion gallons, from the 9 billion gallons required this year and the 10.5 billion required in 2009, is backed by a coalition of food, livestock and environmental groups.

LINK:http://www.nytimes.com/2008/07/23/business/23ethanol.html?ex=1217476800&en=960df64100063e4f&ei=5070&emc=eta1

COMENTÁRIO: O artigo é interessante pois mostra, do ponto de vista interno dos EUA, o problema da competição entre a industria de biocombustível e de pecuária pelo uso do milho nos Estados Unidos. O aumento da mistura de etanol na gasolina, tem causado grandes problemas para os pecuaristas americanos que viram os custos da ração disparar nos últimos dois anos. O problema pode tomar proporções ainda maiores com consequências para economia americana, na medida que os aumentos com o custo da ração sejam repassados para o preço da carne, leite e seus derivados, gerando inflação. A discussão já começa a envolver vários políticos americanos.
Isto pode ser um empurrão para a redução das barreiras tarifárias impostas pelos EUA(US$ 0,51/galão) na importação do etanol de cana de açucar brasileiro. O tema tem rendido acaloradas discussões na Rodada de Doha que está ocorrendo esta semana na OMC.
O problema é que existe ainda muito estrangeiro desavisado, fazendo campanha contra o etanol brasileiro, jogando no mesmo saco o etanol de milho e o de cana produzido no Brasil.
Ingorância, casuimo e má-fé andam de mãos dadas.
Veja também dois interessantes artigos que correlacionam o aumento da produção de biocombustíveis e o consumo de fertilizantes a base de pretróleo:
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Reunião 'decisiva' na OMC tenta salvar Rodada Doha

FONTE: ULTIMO SEGUNDO / BBC BRASIL
DATA DA NOTÍCIA: 21/07/2008

Ministros de cerca de 35 países-membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) participam, a partir desta segunda-feira, em Genebra, de uma reunião considerada decisiva para o futuro da Rodada Doha de liberalização do comércio global. As negociações, que se arrastam desde 2001, estarão centradas em definir as modalidades de produtos que poderão ter tratamento diferenciado nos capítulos de agricultura e bens industriais na hora de cortar tarifas de importação ou subsídios.
O único aspecto que os países tipicamente exportadores de produtos agrícolas parecem ter em comum com os exportadores de bens industriais é a certeza de que um acordo agora é fundamental para a economia mundial, abalada pela atual crise alimentar.Na semana passada, o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, alertou que o fracasso dessa reunião representará "mais uma nuvem" no cenário global e "cobrará um preço muito alto".Por sua vez, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, vaticinou que, na falta de um acordo agora, a Rodada terá que ser congelada durante pelo menos quatro anos, por conta das eleições presidenciais nos Estados Unidos, em novembro, e das eleições européias de junho de 2009.
Diferenças
Amorim chegou a Genebra na sexta-feira passada e, durante o fim de semana, manteve reuniões bilaterais com os negociadores dos Estados Unidos, da União Européia, e Lamy, além de ter participado de encontros com líderes do G20, o grupo dos países emergentes, para acertar uma agenda comum na luta pela redução dos subsídios agrícolas dos países ricos.Uma nota divulgada pelo Itamaraty neste domingo informou que os "ministros e altos funcionários" do G20 e de outros grupos que representam países em desenvolvimento (Grupo Africano, Caricom, entre outros) voltaram a criticar os "subsídios gigantescos" dos países desenvolvidos, e pediram "liderança" desses países, neste momento "decisivo" da Rodada de Doha. A nota diz ainda que os representantes dos países em desenvolvimento "enfatizaram o papel central das negociações agrícolas" na Agenda do Desenvolvimento de Doha, lembrando que a maioria dos agricultores do mundo encontra-se nos países em desenvolvimento.

LINK: http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2008/07/21/reuniao_decisiva_na_omc_tenta_salvar_rodada_doha_1458215.html

COMENTÁRIO: Em questão estão principalmente, do lado dos países desenvolvidos e redução dos subsídios agrícolas e redução de barreiras e do lado dos países em desenvolvimento menores barreiras a entrada de produtos industrializados. Atualmente elevadas barreiras tarifárias e diversas barreiras não tarifárias contribuem para o encarecimento do comércio mundial.
A discussão começou na cidade de Doha (Qatar) em 2001 e deve varias rodadas de negociação, sem grandes sucessos. Ao final acabou com uma polarização entre países desenvolvidos do norte e em desenvolvimento do sul.
Do lado dos países em desenvolvimento as discussões são lideradas pelo G20, e em particular por um subgrupo o G4 (Africa do Sul, Brasil, India e China). Estes países respondem juntos por 65% da população mundial e 22% da produção agrícola. Do lado dos países desenvolvidos EUA e UE.
Os enormes subsídios agrícolas concedidos pelos países em desenvolvimento aos seus agricultores distorcem os preços destes produtos no mercado mundial e desestimulam a produção em países em desenvolvimento. Trata-se de uma competição onde não se discute eficiência de produção e competitividade, mas sim de quem tem mais capital para financiar a produção, levando a uma concorrência desleal e a preços artificialmente baixos. A conseqüência disto é que, com a falta de estimulo para produção em países em desenvolvimento, no momento que uma parcela maior da população mundial tem acesso a uma renda maior, faltam alimentos.
Em discussão está também a redução das barreiras tarifárias (alíquotas de impostos) e não tarifárias (sanitátias etc) dos países desenvolvidos aos produtos agrícolas dos países em desenvolvimento.
Em contrapartida, os países desenvolvidos querem maior acesso aos mercados dos países em desenvolvimento para escoar seus produtos industrializados e bens de capital.
A discussão é importante pois, caso haja sucesso nas negociações, o mundo poderá reduzir barreiras comerciais de forma multilateral contribuindo assim para a abertura e o desenvolvimento do comércio e produção global.
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios

terça-feira, 15 de julho de 2008

Industriais querem PoupaTempo do Comércio Exterior em Santos

FONTE: PORTO GENTE
DATA DA NOTÍCIA: 15/07/2008

Diretoria santista do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) lançou nesta segunda-feira (14) uma campanha pela criação do PoupaTempo do Comércio Exterior. O objetivo da medida é arregimentar o maior número possível de lideranças para pressionar o poder público a fazer com que os diversos reguladores das transações comerciais externas do País, como Receita Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), assumam o compromisso de facilitar o trâmite aduaneiro.
Mudanças de comportamento deverão ser induzidas e coordenadas desde já, com participações efetivas de toda a sociedade. Assim, a idéia é garantir o comprometimento de todos com resultados, mesmo que através de uma aproximação virtual e não necessariamente um posto físico”, explica o diretor do Ciesp em Santos, Ronaldo de Souza Forte.

A regional pretende mobilizar outras entidades e empresas envolvidas nos trâmites de importação e exportação do complexo portuário santista. A Petrobrás e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) já manifestaram apoio ao movimento, que a partir de hoje disponibiliza ficha eletrônica de adesão no site http://www.ciespsantos.com.br/.

LINK: http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=16574

COMENTÁRIO: Esta iniciativa é muito importante para o aumento da competitividade das empresas que lidam com o comércio exterior. A organização do governo com relação ao comércio exterior no tocante a sistemas e legislação é boa. Entretanto a média do pessoal da linha de frente dos órgãos governamentais que lidam com o comércio exterior é mal preparado, desconhece importantes aspectos da legislação aduaneira, trata o contribuinte com má vontade e cria dificuldades e exigências que não estão previstos na legislação. Greves da Receita Federal causam vultuosos prejuízos às empresas.
O país é a 8ª economia do mundo mas está em 23º no ranking de exportações. Nosso volume de comércio exterior representa inexpressivos 1,18% do volume do comércio global. É fundamental que o governo procure agilizar os trâmites do comércio exterior. As barreiras tarifárias são muito elevadas, em média 3 a 8 vezes maiores que em países desenvolvidos. Um estudo recente colocou o Brasil em 80º lugar no ranking de abertura ao comércio internacional atrás de Uganda.
Por outro lado, as empresas tem que profissionalizar suas equipes que trabalham com comércio exterior e garantir o cumprimento das normas e legislação. Não há mais espaço para o improviso. Infelizmente alguns empresários brasileiros insistem ainda em não cumprir as normas e leis. Esta insistência obriga o governo a apertar os controles e aumentar a burocracia e acaba prejudicando a todos os demais que trabalham de forma profissional e correta.
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios

14% da Amazônia é "terra de ninguém", diz estudo oficial

FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO / MRE
DATA DA NOTÍCIA: 27/6/2008

Incra não sabe quem tem posse de área que equivale aos Estados de SP, RS e PRLevantamento feito pelo instituto do governo revela que maior quantidade de terrenos desconhecidos está no Pará, com 288,6 mil km2
Um levantamento do Incra revela que o órgão ignora o que se passa em 710,2 mil km2 da Amazônia Legal, que compreende 59% do território do país. A área composta de terras federais não-contínuas, representa 14% da região e 65% da parte sob responsabilidade do instituto. O Incra não sabe se essa parcela da Amazônia, espalhada por Mato Grosso e pelos Estados do Norte, está com posseiros ou grileiros nem o que é produzido ou devastado ali. A maior quantidade de terras de situação fundiária desconhecida fica no Pará. (288,6 mil km2). Para mudar esse quadro, o Incra pretende mapear as terras e regularizá-las, tentando concluir a tarefa em pelo menos 200Km2 até o final do ano. O objetivo é estabelecer um plano para os próximos cinco, seis anos” afirma o presidente do Incra, Rolf Hackbart. Em parceria com o órgão, o Exército mapeará 30 mil km2 na região da BR-163, no PA, conhecida pelo alto índice de violência e grilagem de terras públicas. “A Amazônia é um mundo desconhecido, não é avenida Paulista; ninguém sabequem está lá”, diz Hackbart. (págs. 1, A4 e A5)
Um levantamento recém-concluído pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) revela que o órgão desconhece uma área da Amazônia Legal que, somada, equivale a duas vezes o território da Alemanha ou às áreas dos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná juntas.O Incra não sabe se esses 710,2 mil quilômetros quadrados estão nas mãos de posseiros ou de grileiros. Nem o que está sendo produzido, plantado ou devastado nessas terras públicas da União. O volume desconhecido, que representa 14% da Amazônia Legal e 65% da parte sob responsabilidade exclusiva do Incra na região, está espalhado pelos Estados do Norte e Mato Grosso. Também na Amazônia Legal, o Maranhão não possui terras nessa situação, segundo o levantamento do órgão obtido pela Folha.A maior quantidade de terrenos desconhecidos do ponto de vista de situação fundiária está no Pará, com 288,6 mil quilômetros quadrados, área equivalente ao Rio Grande do Sul e que representa 23% da área total do Estado. No Pará, chama a atenção o fato de as "manchas" desconhecidas estarem sobrepostas às rodovias BR-163 (Cuiabá-Santarém) e Transamazônica e ao leste do Estado, onde há o forte avanço da pecuária e da mineração.

LINK:http://www.mre.gov.br/portugues/noticiario/nacional/selecao_detalhe3.asp?ID_RESENHA=468948

COMENTÁRIO: A notícia pode não ser nova mas o tema é relevante. O artigo revela o grau de desconhecimento e descontrole do governo sobre a região amazônica. É claro que dentro deste contexto é possível toda sorte de ilegalidade. É claro também que este problema não foi ocasionado pelo atual governo e que é um fato antigo. Uma ação objetiva e uma presença clara do governo nestas áreas são necessário para trazer a legalidade.
Há alguns anos atrás, trabalhei em um projeto que me permitiu conhecer um pouco a região amazônica. Passei por vários lugares onde somente o Exército Brasileiro mantinha presença. Em muitos lugares, como Marabá, não havia sequer a presença da Polícia Militar. Marcante é também a presença e atuação dos Batalhões de Engenharia do Exército, que erguiam cidades planejadas inteiras. Um fato que me chamou a atenção foi o relato de diversos oficiais que se dispunham a virer nesta localidades ermas com suas famílias, tirando-as do conforto das grandes cidades para cumprir seu dever. Um deles, morava no Rio de Janeiro na Barra da Tijuca e foi transferido com mulher e 3 filhas para o sul do Pará. Quando lá cheguei, corria solta um surto de hetatite B e difteria. Alguns militares tinham falecido no ano anterior vitimas de doênças tropicais. De um coronel ouvi a seguinte frase "as pessoas que estão lá em Ipanema, bebendo sua cerveja e falando alto que a Amazônia é nossa, deveriam estar aqui para defendê-la também". A verdade é que a maioria das pessoas que vivem nas cidades da região sul e sudeste não tem a menor idéia do trabalho vital realizado pelo Exército para a proteção do território nacional.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

BNDES vai aportar R$1,5 bi em fundos de agronegócio e energia

FONTE: REUTERS / G1 GLOBO.COM
DATA DA NOTÍCIA: 10/07/2008

O BNDES pretende aportar 1,5 bilhão de reais em Fundos de Investimento que serão criados com foco inicial em empresas que atuam nos ramos de etanol, energia, agronegócio e melhora nos níveis de governança.
"Faz parte da estratégia do banco participar dessa indústria. Queremos ajudar na capilaridade, no crescimento das empresas", disse o chefe do departamento de investimentos do BNDES, Eduardo de Sá.
Ele espera que os investimentos do banco alavanquem mais 5,5 a 6 bilhões de reais em investimentos privados
O novo programa do BNDES prevê investimentos em 10 fundos e a participação do banco será de até 20 por cento em fundos da modalidade private equity e 25 por cento nos casos dos fundos de venture capital. O BNDES estima que dos 10 fundos que serão criados, oito deles serão de investimentos em participação (private equity) e dois em empresas emergentes (venture capital).

LINK: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL642920-9356,00.html

COMENTÁRIO: Um estudo publicado pela Energy Information Administration, orgão oficial que consolida as estatísticas de energia dos Estados Unidos, mostra que dentro da matriz energética mundial, as energias renováveis ocupam apenas 7%. No Brasil este percentual é consideravelmente maior, chegando a 46%. O Brasil está se preparando para ser um grande player mundial de energia. A descoberta das reservas do pré-sal reforçam em muito esta posição. Veja também o artigo Balanço Energético Nacional - 2008
O Balanço de Pagamentos do País (não confundir com Balança Comercial) tem registrado um expressivo aumento de superavit nos últimos anos e os investimentos atuais deverão constribuir para acelerar ainda mais este crescimento.


Qual será o impacto deste novo ciclo da economia brasileira? Tivemos o cliclo do Pau-brasil, da Cana, do Ouro e do Café. Agora provavelmente iremos viver um ciclo da Energia. Possivelmente nossos bisnetos irão estudar este momento de nossa história em seus livros.

In search of the perfect production partnership

FONTE: FINANCIAL TIMES
DATA DA NOTÍCIA: 08/07/2008

Nine months after the discovery of potentially huge deposits of oil off the coast, there is little doubt that Brazil will soon become one of the world's leading oil-producing nations.
There is much more uncertainty over how the country will manage its new-found wealth. The biggest immediate doubt - beyond the technical difficulties of getting at the very deep reserves trapped beneath a salt shelf below the ocean floor - concerns the regime under which oil companies will be invited to join Petrobras, the governmentcontrolled oil company, in bringing oil and gas to the surface.
Moreover, oil has often turned out to be a curse for developing nations. "We are a late-coming oil power," says Aloizio Mercadante, a senator for the ruling Workers' party and an economic adviser to President Luiz Inácio Lula da Silva. "That means we can go more quickly and learn from other nations."
Many oil-based economies have engendered authoritarian or populist regimes that find it hard to industrialise and have difficult relations with the rest of the world. Brazil, a mature democracy with solid institutions and a diverse industrial sector, should be able to avoid the worst pitfalls, he says. But it must still take care to manage its wealth properly.
"We must create a sovereign wealth fund to create a post-oil society," he says. "We need to promote health, education and technological advance - not a wave of consumption."

LINK: http://www.ft.com/cms/s/0/720f022e-4c87-11dd-96bb-000077b07658.html

COMENTÁRIO: É sempre interessante ver o que estão falando sobre o Brasil lá fora. A discussão sobre a utilização a riqueza gerada pelo petróleo para gerar uma transformação da economia e da sociedade é importante. Junto com esta discussão o artigo traz também o tema do modelo de concessão de exploração do petróleo.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Renault faz acordo para popularizar carros elétricos

FONTE: JORNAL ESTADO DE SÃO PAULO
DATA DA NOTÍCIA: 10/07/2008
O grupo franco-japonês Renault-Nissan assinou ontem um acordo com o governo de Portugal que vai permitir à empresa a venda de automóveis elétricos no país. Pelo acordo, o governo português se compromete a montar, até 2011, uma rede de infra-estrutura que permitirá a popularização dos carros elétricos.
No projeto, estão incluídos a empresa petrolífera Galp, que vai incluir em seus postos de gasolina as instalações para troca de baterias para automóveis elétricos, a empresa elétrica EDP e as duas maiores redes de supermercados do país, que poderão trocar baterias nos seus estacionamentos. A Renault-Nissan entra com os automóveis, que terão uma autonomia de 200 quilômetros.
"Estamos investindo milhões de dólares numa gama completa de veículos de emissão zero", afirmou o presidente da Renault-Nissan, Carlos Ghosn. Ele disse que os carros elétricos teriam preços semelhantes aos movidos a gasolina ou diesel.
No anúncio do acordo, Ghosn disse que ainda não tinha os números do investimento necessário para construir a infra-estrutura no país.
"Nós vamos trabalhar nas próximas semanas com o governo de Portugal para encontrar uma solução que seja, em primeiro lugar, aceita pelo consumidor e, em segundo, que faça sentido para a estratégia do governo e da Renault-Nissan. Temos agora quatro meses para os estudos."Segundo o projeto, os carros elétricos terão três possibilidades distintas de obter carga para as baterias: trocar a bateria por outra já carregada, o que deve levar cerca de 5 minutos; carregamento rápido, operação que levará cerca de 25 minutos; e carregamento em casa, na rede elétrica normal, o que pode durar oito horas.

LINK: http://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/3833

COMENTÁRIO: É uma boa notícia no momento em que os preços de petróleo subiram excessivamente. Portugal está dando uma bom exemplo para a Europa e o resto do mundo.
O assunto tem alguns pontos que vale destacar:
- É necessário entender qual a fonte de energia para geração da eletricidade. Na maioria das vezes, na Europa, ela provêm de usinas termelétricas a base combustíveis fósseis (carvão ou petróleo). Sendo assim, dizer que os carros elétricos tem emissões zero é um meia verdade.
- Para termos realmente uma mudança significativa é necessário que a energia elétrica seja proveniente de fontes renováveis (heólica, fotovoltáica, biomassa).
- Apesar dos veículos elétricos serem movidos a eletricidade proveniente de combustíveis fósseis, a sua adoção em grandes centros urbanos tende a reduzir as emissões e a poluição urbana.
- A produção em larga escala de veículos elétricos tende a aumentar os investimentos em pesquisa, alavancando ainda mais o desenvolvimento das tecnologias, tendo como conseqüência o barateando dos custos unitários.
- Motores elétricos tem uma eficiência maior do que motores alternativos de combustão interna, o que significa um menor consumo global de energia.
- No futuro breve, os veículos elétricos poderão ser movidos a energia solar fotovoltáica.

terça-feira, 8 de julho de 2008

G8 aceita reduzir emissão de gases pela metade até 2050

FONTE: G1 GLOBO.COM
DATA DA NOTÍCIA: 08/07 /2008

Esta foi a primeira vez que os EUA aceitam meta de redução de gases. Cúpula também está definindo objetivos para diminuição de gases a médio prazo. Os líderes do G8, o grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia, concordaram em reduzir a emissão de gases poluentes ao menos em 50% até 2050, uma medida para combater os efeitos das mudanças climáticas e o aquecimento global, anunciou nesta terça-feira (8) o primeiro-ministro japonês, Yasuo Fukuda.

O acordo foi anunciado durante o segundo dia de reunião da cúpula anual do G8, no Japão, da qual participam Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia.

Fukuda disse que o grupo pediu para alguns países o estabelecimento de metas de médio prazo para diminuir as emissões dos gases CO2 responsáveis pelo aquecimento global até 2020.

LINK: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL639135-9356,00.html

COMENTÁRIO: O acordo é extremamente importante, principalmente após as dificuldades relacionadas ao Protocolo de Kyoto. Não há dúvida que a meta de redução de 50% até 2050 é ambiciosa. Mas o tempo está passando. As metas do Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, eram de 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012. Para os os membros da UE, existia uma meta de 15% abaixo das emissões esperadas para 2008. Compromissos não foram cumpridos e metas não foram atingidas. O Brasil é o 4º maior emissor de CO2 do mundo e ainda não tem um plano definido para o combate às mudanças climáticas.
A principal questão em relação à este novo acordo é a transformação desta meta de longo prazo em metas de médio e curto prazo. Se isto não ocorrer, os governantes de hoje estão fazendo apenas uma encenação e jogando para os governantes do futuro distante a responsabilidade por cumpri-las. Entretanto, em se tratando de aquecimento global, se não houver ações concretas hoje as perspectivas futuras serão sombrias. A medida que passa o tempo a situação se agrava. Os efeitos são cumulativos. As consequências em escala global. Equanto isto os políticos mundiais se perdem em discussões paralizantes para não fazer nada e empurrar o problema com a barriga. A falta de sentido de urgência é chocante.

Embraer fez entregas recordes de 97 aviões no semestre

FONTE: G1 GLOBO.COM
DATA DA NOTÍCIA: 07/07/2008

Fabricante fechou trimestre com uma carteira de pedidos firmes de US$ 20,7 bilhões. Empresa manteve sua previsão de entregas no ano entre 195 e 200 unidades. Embraer anunciou nesta segunda-feira (7) ter realizado entregas de 52 aviões no segundo trimestre, elevando o total despachado nos primeiros seis meses do ano para um recorde de 97 unidades.
A terceira maior fabricante de aviões do mundo fechou o trimestre passado com uma carteira de pedidos firmes de US$ 20,7 bilhões, ante US$ 15,6 bilhões um ano antes, valor até então recorde para a empresa.
No segundo trimestre do ano passado, a Embraer havia entregue 36 aviões, num total de 61 unidades no primeiro semestre de 2007.

LINK: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL638127-9356,00.html

COMENTÁRIO: O Brasil aparece em 23º no ranking de exportações com aproximadamente 1,2% do total do volume mundial. Um resultado inexpressivo para a 8ª economia do mundo. A liderança mundial em exportações é disputada pela Alemanha e pela China, seguidas pelo Estados Unidos.
No ranking dos importadores o país aparece em 27º lugar, sendo a liderança dos Estados Unidos, seguido da Alemanha.
Um outro dado interessante é que 60% dos lucros das exportações Chinesas vão parar em mãos estrangeiras e não dos chineses. Veja o artigo http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,2339495,00.html
Um estudo recente colocou o Brasil em 80º lugar em termos de abertura ao comércio exterior, atrás de Uganda. Vide artigo Brasil aparece em 80º lugar em ranking de abertura ao comércio exterior
Neste contexto segundo dados do MDIC, a Embraer ocupa o 3º lugar entre as 50 empresas do país que respondem com 47% das exportações. No ano passado foram US$ 4,7 bilhões em exportação (valor FOB). Aviões são o 4º item em nossa pauta de exportação. Não é pouca coisa !

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Falta de mão-de-obra especializada ameaça crescimento do Brasil

FONTE: ÚLTIMO SEGUNDO / NEW YORK TIMES
DATA DA NOTÍCIA: 02/07/2008

Para quase todos os países, com exceção da China e Índia, conquistar um crescimento de mais de 5% ao ano é difícil. Fazer isso sem mão-de-obra especializada é praticamente impossível.
Mas esse é o desafio do Brasil, o B das economias Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), a versão atual dos tigres econômicos.Depois de anos de vaivém, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva projeta um período de crescimento contínuo, com o produto interno bruto aumentando 5% ao ano de agora até 2010 e entre 3% e 4% ao ano durante a década seguinte.
Mas muitas companhias e economistas, inclusive alguns setores do governo, dizem que a falta de mão-de-obra altamente qualificada, principalmente engenheiros e executivos, irá prejudicar esses objetivos e o crescimento econômico e político do Brasil.
"A falta de disponibilidade de mão-de-obra técnica pode impedir o crescimento, sem dúvida nenhuma", disse José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras. "Esse é um grande desafio para o País". A falta de engenheiros aqui se espalha pelas indústrias. A falta de engenheiros civis e de construção ameaça projetos de infra-estrutura; setores como os de manufatura de aeronaves, petroquímicos e metais competem pelos mesmos formandos. No crescente setor de petróleo e gás, as companhias buscam mão-de-obra estrangeira porque não há brasileiros qualificados para seus postos.

LINK: http://ultimosegundo.ig.com.br/new_york_times/2008/07/02/procura_se_mao_de_obra_especializada_para_uma_economia_em_crescimento_no_brasil_1409754.html

COMENTÁRIO: A educação é sempre um gargalo para o crescimento e é um investimento de longo prazo. A falta de mão-de-obra especializada não pode ser ressolvida em curto prazo e exige investimentos e perspectivas. Nem só de investimentos se faz o desenvolvimento. No caso da Alemanha e Japão do pós-guerra, o rápido desenvolvimento só ocorreu por conta de investimento aliados com uma mão-de-obra muito qualificada. E não bastam apenas engenheiros e técnicos. É também necessária uma geração de executivos experientes para dirigir o crescimento das empresas. Não bastam somente títulos de MBA e Pós-Graduações. É necessário também experiência e vivência de grandes projetos e negócios.
Alguns de nós que chegaram ao mercado na década de 80 e ínicio da década de 90 vimos, sem perspectivas, um país onde engenheiros é técnicos não tinham mercado de trabalho. Criou-se uma lacuna e um ruptura na trasmissão de conhecimento entre profissionais com grande experiência da geração que chegou ao mercado na trabalho na década de 70, época do milagre econômico, e aqueles da geração da dédaca de 90.
Segundo resportagem publicada na revista Exame em junho de 2008, um estudo realizada pela consultoria americana McKinsey estima que a economia chinesa precisará de 75.000 profissionais com gabarito para assumir postos em multinacionais até 2010. Mas só havia entre 3.000 e 5.000 chineses com essa qualificação quando o estudo foi feito. Segundo o estudo, somente 10% dos candidatos chineses a altos cargos estão preparados. Ou seja, faltam talentos.
E se esta pesquisa fosse realizada no Brasil? Qual seria o resultado?
A despeito das dificuldades, este é um cenário em que estamos diante de um bom problema. De qualquer forma é um momento de boas oportunidades para os profissionais no mercado.
Veja também o artigo publicado por Daniel Rodel em Considerações sobre o Brasil e a Sociedade do Conhecimento
Victor Rizzo - Blog Nossos Negocios

Disponibilidade de Alimentos e produção de Biocombustíveis

FONTE: INSTITUTE FOR AGRICULTURE AND TRADE POLICY (INGLÊS)
DATA DA NOTÍCIA: 04/2008

O artigo trata de diversos aspectos relacionados à biocombustíveis, como disponibilidade de alimentos, comércio internacional, tarifas internacionais, subsídios agrícolas, investimentos internacionais em pesquisa e produção, desmatamento, desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas.
Inicialmente o artigo estabelece um contexto geral com relação à biocombustíveis e políticas de segurança alimentar.
Em seguida o artigo cita as políticas públicas relacionadas à biocombustíveis no Brasil, Estados Unidos e União Européia, bem como os subsídios existentes para a produção dos biocombustíveis e as discussões em torno do tema na Organização Mundial de Comércio.
Com relação à competição entre alimentos e biocombustíveis o artigo considera que o principal problema da fome está mais relacionado acesso (má distribuição) do que a produção.
O artigo prossegue apresentando os números de produção mundial de biocombustíveis e de soja e as principais empresas que dominam o mercado de exportação.
A seguir analisa o tema dentro do contexto da Rodada de Doha.
Sob o ponto de vista de investimentos relaciona os investimentos realizados por grandes grupos internacionais em pesquisa e produção como BP, ADN, Cargill, Mitsui, Petrobras e PetroChina, Barklays e Goldman Sachs, bem com a entrada de Investimentos Diretos Internacionais no Brasil no setor de álcool.
Dentro do contexto de agricultura, o artigo discute o tema da sustentabilidade de produção de produtos agrícolas baseada no modelo de monocultura e a necessidade de estabelecer-se padrões para o cultivo sustentável ambiental e socialmente.

LINK: http://www.iatp.org/tradeobservatory/library.cfm?refID=102282

COMENTÁRIO: O artigo é bastante completo e abrangente abordando o tema bicombustíveis com suas diversas implicações e da uma boa visão geral do tema de uma forma imparcial. Interessante é o fato de um artigo trazer os diversos aspectos que geralmente estão dispersos em artigos específicos para um mesmo documento. O tema de qualquer forma é complexo e o artigo ajuda a entender as suas diversas correlações.
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domingo, 29 de junho de 2008

Carro movido a Ar Comprimido pode ser opção à crise de energia

FONTE: VICTOR RIZZO
DATA DA NOTÍCIA: 30/06/2008
A notícia não é nova, mas acho que vale a pena um artigo.

A transformação de energia pneumática em energia mecânica é um processo bastante conhecido e utilizado no mundo todo. O seu emprego mais conhecido são os cilindros pneumáticos que transformam ar comprimido em movimento linear para o acionamento de quaisquer dispositivos e são largamente utilizados na indústria. Também não são novidade os motores pneumáticos que transformam o mesmo ar comprimido em movimento rotacional. Nos dois exemplos acima e preocupação sempre foi muito mais com o desempenho da função do que com a eficiência.

Da mesma forma, não é novidade a utilização de ar comprimido para veículos. Em 1872 já circulavam em Nantes, na França, bondes a ar comprimido.

A novidade agora é que algumas empresas estão desenvolvendo motores pneumáticos, chamados "motores a ar" nos quais a eficiência teria alcançado um nível que permitisse a sua utilização em veículos de passeio.

Uma destas empresas é a francesa MDI fundada em 1991 por Guy Nègre, engenheiro aeronáutico que se especializou em melhoria de eficiência de motores de combustão interna e que na década de 80 passou pela Fórmula 1 onde obteve certo sucesso projetos de motores. Em 1998 a MDI lançou o primeiro protótipo de um taxi movido a ar comprimido.

Hoje os modelos em desenvolvimento alcançam velocidades de até 110 km/h e tem autonomia de 200 km. O que mais chama a atenção, não chega a ser o desempenho, mas a economia. Segundo o fabricante, os reservatórios de ar comprimido do veículo poderiam ser recarregados em 3 min em qualquer compressor pneumático para pneus de postos de gasolina, ou ainda durante 4 horas em qualquer tomada elétrica. O preço da recarga seria de incríveis US$ 2,00 !!! Isto na prática significaria um custo de R$ 0,0165/km contra R$ 0,24/km de um motor a gasolina. Ou seja, uma redução de cerca de 93% !!!. O custo de veículo será de US$ 15.000.

A tecnologia desenvolvida pela MDI, utiliza o principio de cilindro/pistão já utilizados nos motores de combustão interna, possuindo entretanto algumas vantagens sobre este.

Diferentemente dos motores tradicionais que funcionam dentro de um ciclo de admissão/compressão/explosão/expansão, no motor a ar comprimido não existe explosão e portando não existem altas temperaturas. Isto permite que o bloco do motor seja construído de alumínio e não ferro fundido, fazendo que o motor se torne muito mais leve. A ausência de altas temperaturas também reduz sensivelmente o preço de fabricação do motor que não precisa de resfriamento a água.

Os reservatórios de ar comprimido são feitos de fibra de carbono e a carroceria de alumínio. Com tudo isto o veículo é consideravelmente mais leve. Os modelos pesam 380 kg, 540 kg e 850 kg. Com peso menor, os motores também podem trabalhar com menor potência. As potências são de 22 hp, 50 hp e 75 hp respectivamente.

O projeto da MDI é um pouco controveso. Apesar de diversos anúncios de lançamento desde 2001, o veículo ainda não entrou em escala industrial.

Em fevereiro de 2007 a MDI anunciou o licenciamento de sua tecnologia para a indiana Tata Motors e espera colocar o produto no mercado até 2010.


Outra empresa é a australiana Energeair fundada em 2000 por Angelo di Pietro. Formado em engenharia, o italiano Pietro trabalhou nos laboratórios de pesquisa de motores rotativos Wankel na Mercedes Benz na Alemanha, no qual se inspirou para desenvolver em 1999 seu motor rotativo a ar comprimido de 13 kg.

Os motores rotativos de Pietro já são utilizados em veículos de transporte de pequenas cargas.

As grandes vantagens deste tipo veículo são:
-o ar comprimido pode ser obtido de forma fácil, utilizando-se fontes de energia renováveis como eólica e solar;
-ar comprimido é fácil de transporta e armazenar;
-ar comprimido não é inflamável;
-os custos envolvidos na fabricação dos veículos são sensivelmente menores;
-ao contrário de veículos elétricos, os que utilizam ar comprimido não necessitam de baterias caras e que causam problemas ambientais ao final do seu ciclo de vida;
-o motor a ar comprimido é livre de emissões (CO2 e outros gases poluentes);
-o ar comprimido a ser utilizado pelos veículos é filtrado e sai do motor em um estado de pureza maior do que entrou;
-por não trabalharem com combustão, os motores exigem menos manutenção.

Trata-se de uma excelente opção para cidades, onde 80% dos veículos andam menos que 60 km por dia. Particularmente para as grandes cidades como São Paulo, México e Tóquio, a opção do caro movido a ar comprimido poder ser uma alternativa importante para redução dos elevados níveis de poluição.

Embora ainda haja alguns questionamentos feitos por opositores, parece que a tecnologia está próxima de ser utilizada em escala industrial. Se isto ocorrer, estamos diante de uma potencial ruptura na indústria automotiva baseada em motores a combustão interna.

A utilização de veículos movidos a ar comprimido seria também passo rumo à redução dos gases de efeito estufa, desde que a energia utilizada para a geração do ar comprimido não fosse de origem fóssil.

LINKS:
MDI - http://www.motormdi.com/

Engineair- http://www.engineair.com.au/

Videos no Youtube - http://site.noticiaproibida.org/videos-sobre-o-carro-movido-a-ar-comprimido.html

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quarta-feira, 25 de junho de 2008

Inovação só existe quando se cria valor

FONTE: ÉPOCA
DATA DA NOTÍCIA: 25/06/2008

Para o professor de Gestão de Inovação na Universidade de Brighton, o Brasil deve aperfeiçoar as práticas de gestão da inovação para continuar crescendo. Howard Rush, 45 anos, é um acadêmico com pé no mercado. Ele se preocupa em estabelecer um fluxo de idéias constante entre as salas de aula e a indústria. Segundo Rush, é assim que a academia cumpre seu papel de forma mais plena. “A inovação só existe de fato quando se cria algum valor a partir da aplicação prática de uma idéia”, diz. O professor estará no Brasil no dia 25 de junho para uma palestra organizada pelo British Council sobre as boas práticas da Gestão da Inovação.

LINK:http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI6721-15246,00-INOVACAO+SO+EXISTE+QUANDO+SE+CRIA+VALOR.html

COMENTÁRIO: O tema inovação é extremamente atual em uma sociedade movida a informação e intimamente associado a competitividade das empresas e do país. A inovação permite também produzir produtos com maior conteúdo tecnológico e valor agregado.

Em pesquisa citada em artigo de autoria de Clemente Nóbrega publicado pela Epoca Negócios (outubro 2007) o Brasil ficou em 40º lugar no ranking de índice global do Insead para medir a capacidade de criar um ambiente estimulande a inovação. O artigo Clemente Nobrega é muito interessante discute também as condições necessárias a inovação. Veja em http://epocanegocios.globo.com/Revista/Epocanegocios/0,,EDG79418-8374-8,00.html

Uma forma de se medir o grau de inovação de um país pode também ser pela quantidade de patentes requeridas. Neste quesito o Brasil também não apresenta um desempenho muito destacado, conforme pode ser visto na tabela abaixo.

De acordo com estes dados podemos verificar que o número de pedidos de patentes por residentes no Brasil não é expressivo dentro de um cenário global. Se compararmos este número com a população do país, fica evidente que a produção de patentes do Brasil é pífia em relação aos demais países.
Se agora compararmos os dados de pedidos de patente por milhão de habitantes com a renda per capta, veremos que existe um forte correlação entre estes dois números, indicando que uma maior quantidade de patentes está associada a renda per capta mais elevada.


No ramo de Nanotecnologia por exemplo, segundo Marcelo Tredinnick, examinador de patentes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) (citado em http://inovativa.blogspot.com/), no Japão, por meio da Japan Patent Office (JPO), já foram concedidas até hoje 589 patentes em nanotecnologia, para mais de 1,8 mil depósitos. Na Europa, foram concedidas 350 pela European Patent Office (EPO) e, nos Estados Unidos, 286 pelo United States Patent and Trademark Office (USPTO). No Brasil, o INPI concedeu, até o momento, apenas 13 patentes.

Temos entretanto também alguns bons exemplos, quando existe investimento, como o citado pelo estudo "Mapeamento Tecnológico do Biodiesel e Tecnologias Correlatas sob o enfoque dos pedidos de patentes”, da pesquisadora Cristina d’Urso de Souza Mendes, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Segundo o estudo, os pedidos brasileiros de patentes relacionados ao biodiesel cresceram dez vezes, passando de dois para 20, entre 2003 e 2006. No mesmo período, o total de depósitos no mundo subiu menos de cinco vezes, saindo de 90 para 427 no mesmo período. O resultado desta evolução é que, no ranking internacional, o Brasil passou da 13ª posição em 2003 para o 5º lugar, em 2006, atrás apenas dos quatro países citados acima.
A pesquisa acima mostra uma clara relação entre investimentos e inovação. Os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento no pais são da ordem de 0,4% do PIB. Um volume baixo se comparado a países como a Corea, onde os investimento em inovação chegam a 3% do PIB.

Em resumo, inovação é resultante de educação e investimento. Inovação gera desenvolvimento econômico. Inovação é criatividade aplicada e tornada útil.
Veja também o site do Centre for Research in Innovation Management no link abaixo:
http://centrim.mis.brighton.ac.uk/
Veja també o artigo publicado por Daniel Roedel em Considerações sobre o Brasil e a Sociedade do Conhecimento
Victor Rizzo - Blog Nossos Negocios

terça-feira, 24 de junho de 2008

Petrobras: refinarias no NE terão unidades de biomassa

FONTE: ESTADÃO
DATA DA NOTÍCIA: 23/06/2008

O gerente de desenvolvimento de negócios internacionais de biocombustíveis da Petrobras, Fernando Cunha, revelou que a estatal estuda instalar nas suas próximas refinarias Premium no Nordeste unidades integradas de biomassa. No início do mês, a companhia informou que a primeira a entrar em operação, a do Ceará, irá custar cerca de US$ 11 bilhões. "A refinaria Premium da Petrobras já pensa nessa questão, de refinar petróleo já com a biomassa, são as biorefinarias", disse.
Em palestra hoje na Câmara de Comércio Brasil-França, o executivo informou que a Petrobras tem feito contato com empresas da Espanha e França para uma eventual instalação de uma unidade de biocombustíveis na região tendo como matéria-prima produtos brasileiros.

LINK: http://www.anba.com.br/noticia_petroleoegas.kmf?cod=7390142

COMENTÁRIO: A palestra foi bastante elucidativa, traçando um panorama do consumo mundial de energia, a matriz energética brasileira, os caminhos adotados pela Petrobras com relação ao desenvolvimento de Biocombustíveis (Etanol e Biodiesel) e o futuro próximo das tecnologias para produção de energia a partir de biomassa. O Blog espera em breve poder indexar também esta apresentação.
Veja também do Fernando Cunha, a reportagem sobre alternativas para combustíveis de termelétricas no link abaixo.
Parabéns Fernando Cunha.
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Desertificação ameaça 30% a 40% de terras férteis, diz ONU

FONTE: ONU - BRASIL
DATA DA NOTÍCIA: 17/06/2008

Segundo a ONU, a desertificação ameaça entre 30% a 40% de terras férteis em todo o mundo. De acordo com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, Fida, a agricultura sustentável é a chave para combater o avanço dos desertos. O objetivo da data é chamar a atenção para a importância da gestão das terras como forma de apoiar a agricultura.

LINK: http://www.un.org/av/radio/portuguese/detail/6420.html

COMENTÁRIO: A desertificação de terras férteis é um problema grave que ocorre em todo o mundo. No Brasil temos o exemplo de extensas áreas do Rio Grande do Sul que encontram-se em diversos níveis de desertificação. Não foi por falta de aviso que dos ambientalistas que, desde a década de 80, já previam que com o modelo agrícola vigente nas terras férteis do Rio Grande do Sul corriam risco de ocasionar desertificação. Hoje o risco se tornou realidade. O Nordeste vai pelo mesmo caminho bem como algumas áreas do Cerrado.
A desertificação gera redução de renda, êxodo rural, redução da oferta de alimentos, sem falar em graves problemas ambientais com conseqüência diretas sobre o regime hídrico gerando secas prolongadas. Inicia-se um ciclo vicioso que exige elevados investimentos para sua reversão.
As causas são bastante conhecidas. Agricultura convencional sem cuidados com a conservação do solo deixando o solo exposto a intempéries, erosão, desmatamento, monocultura, excesso de cultivo, compactação do solo por máquinas agrícolas, falta de reposição de matéria orgânica no solo.
As boas práticas no manejo do solo e uma agricultura mais preocupada com a conservação da fertilidade do solo do que com elevadas produção a custa de insumos químicos, já mostraram resultados em diversas partes do mundo e no Brasil. Não faltam tecnologias adaptadas para a conservação do solo e a prática de uma agricultura sustentável.
O tema é ainda mais importante no momento em que o mundo passa por uma crise de abastecimento de alimentos mundial. O Brasil deveria ter uma especial atenção ao tema em face de sua posição privilegiada com relação à produção de alimentos.
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