quinta-feira, 24 de julho de 2008

Doha: Brasil avisa que vai para a briga para defender o etanol na OMC

FONTE: O GLOBO
DATA DA NOTÍCIA: 23/07/2008

GENEBRA - O Brasil vai para a briga se os Estados Unidos e a União Européia insistirem em limitar o acesso do etanol a seus mercados, advertiu o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em conversa com o ministro indiano de Comércio, Kamal Nath. (Veja ainda: BID empresta US$ 269 milhões para usinas de etanol no Brasil )
A questão do etanol é considerada fundamental para um acordo na Rodada Doha, daí o interesse de Kamal sobre as barganhas envolvendo o produto. Ir para a briga significaria bloquear um acordo de Doha. Mas a decisão terá de ser bem pesada, no momento preciso, para ver se realmente compensa.
Em conversa com Kamal Nath, o chanceler demonstrou receio de que a UE tente realmente criar cota para o etanol, o que limitaria o acesso do biocombustível ao mercado europeu a um volume insignificante.
Além disso, os EUA recusam negociar a taxa de US$ 0,54 por galão importado, e tampouco apontou alguma tentativa de solução.
- Para o Brasil, a exclusão do etanol da liberalização global é politicamente inaceitável. Se não houver solução na Rodada Doha, o Brasil terá de abrir uma disputa na OMC, denunciando os EUA.

LINK:http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/07/23/doha_brasil_avisa_que_vai_para_briga_para_defender_etanol_na_omc-547375473.asp

COMENTÁRIO: As barreiras tarifárias ao etanol e a produtos chaves da agricultura são os principais pontos de negociação do Brasil na Rodada de Doha. O Brasil já ganhou a disputa do algodão na OMC e tem direito a uma retaliação comercial que ainda não utilizou. Com o impasse da negociação, agora está pressionando com a disputa litigiosa na OMC. A Brasil já tem elementos suficiente para sustentar sua tese. Um disputa na OMC entretanto leva de 4 a 5 anos.
A disputa litigiosa na OMC é um risco para EUA e EU.
Veja também a notícia sobre a disputa do algodão que o Brasil ganhou na OMS.
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios

CEF vai financiar projetos de energias renováveis

FONTE: O GLOBO
DATA DA NOTÍCIA: 23/07/08

A CEF vai intensificar participação no financiamento ao setor elétrico. O foco serão projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PHCs) e usinas eólicas e de biomassa, de modo a não competir com o BNDS, principal agente finaceiro dos grandes projetos de gereção de energia do país. A estratégia da CAIXA começará pelo Norte do país.
A instituição firmou convênio com a SUDAM, que até então só operava com o Banco da Amazônia (BASA), para emprestar recursos a empreendimentos privados aprovados pela ANEEL. Já começou a negociar parceria com o BANCO MUNDIAL. A previsão é de que o acordo seja fechado até o fim do ano, diz Adaílton Ferreira TRINDADE, (Gerente Nacional de Financiamento a Saneamento e Infra-Estrutura) :_ A linha com a SUDAM estará pronta em setembro. O volume de recursos não está definido. Além do Norte do país, atenderemos Mato Grosso e Oeste do Maranhão.
A CEF também quer atuar estruturando projetos de energia que serão financiados por fundos de investimentos, entre eles, o FGTS. A meta é emprestar R$ 1 bilhão este ano pelo modelo. Outro R$ 1 bilhão pederá vir das parcerias, como a firmada com a SUDAM.

Antonov An-225 - um peso pesado que sai do chão

FONTE: RODRIGO FAUSTINI

Fotos impressionantes do avisão cargueiro russo Antonov.
Um gigante dos ares ! Espetáculo da engenharia !!!

LINK: http://paginas.terra.com.br/informatica/faustini/antonov/

Uprising Against the Ethanol Mandate

FONTE: THE NEW YORK TIMES
DATA DA NOTÍCIA: 23/07/2008

The ethanol industry, until recently a golden child that got favorable treatment from Washington, is facing a critical decision on its future.
Gov. Rick Perry of Texas is asking the Environmental Protection Agency to temporarily waive regulations requiring the oil industry to blend ever-increasing amounts of ethanol into gasoline. A decision is expected in the next few weeks.
Mr. Perry says the billions of bushels of corn being used to produce all that mandated ethanol would be better suited as livestock feed than as fuel.
Feed prices have soared in the last two years as fuel has begun competing with food for cropland.
“When you find yourself in a hole, you have to quit digging,” Mr. Perry said in an interview. “And we are in a hole.”
His request for an emergency waiver cutting the ethanol mandate to 4.5 billion gallons, from the 9 billion gallons required this year and the 10.5 billion required in 2009, is backed by a coalition of food, livestock and environmental groups.

LINK:http://www.nytimes.com/2008/07/23/business/23ethanol.html?ex=1217476800&en=960df64100063e4f&ei=5070&emc=eta1

COMENTÁRIO: O artigo é interessante pois mostra, do ponto de vista interno dos EUA, o problema da competição entre a industria de biocombustível e de pecuária pelo uso do milho nos Estados Unidos. O aumento da mistura de etanol na gasolina, tem causado grandes problemas para os pecuaristas americanos que viram os custos da ração disparar nos últimos dois anos. O problema pode tomar proporções ainda maiores com consequências para economia americana, na medida que os aumentos com o custo da ração sejam repassados para o preço da carne, leite e seus derivados, gerando inflação. A discussão já começa a envolver vários políticos americanos.
Isto pode ser um empurrão para a redução das barreiras tarifárias impostas pelos EUA(US$ 0,51/galão) na importação do etanol de cana de açucar brasileiro. O tema tem rendido acaloradas discussões na Rodada de Doha que está ocorrendo esta semana na OMC.
O problema é que existe ainda muito estrangeiro desavisado, fazendo campanha contra o etanol brasileiro, jogando no mesmo saco o etanol de milho e o de cana produzido no Brasil.
Ingorância, casuimo e má-fé andam de mãos dadas.
Veja também dois interessantes artigos que correlacionam o aumento da produção de biocombustíveis e o consumo de fertilizantes a base de pretróleo:
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios