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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Emergence on Global Stage Leaves Brazilians Divided

FONTE: SPIEGEL ONLINE
DATA DA NOTÍCIA: 10/08/2008

Brazil's very recent emergence on the global stage has fueled debate in the country between those advocating adaptation to international norms and those who view Brazil's real interests as conflicting with the current world order.

The key aim of Brazilian foreign policy has long been to achieve international recognition as a major player in international affairs. This aim stemmed from its belief that it should assume its "natural" role as a "big country" in the world arena. Now, as a result of the concurrence of a changing international environment and an altered domestic polity, Brazil seems closer than ever before to achieving this aim. It is gaining increasing international recognition and is poised to emerge as a "big power." However, there remain several challenges that need to be addressed in order for Brazil to meaningfully participate in global governance. This article outlines the factors that have led to Brazil's rise, the conceptual basis of Brazilian foreign policy, and the challenges ahead.
It is clearly visible that Brazil is increasingly recognized as a major player in the international arena. It is included among the "outreach five countries" along with China, India, Mexico, and South Africa, which participate in "constructive engagement" with the G-8. Engagement also seems to be the goal of the European Union, which has established strategic partnerships with countries such as South Africa, Brazil and India. It is interesting that the increased attention given to Brazil is not necessarily linked to military capacity, but rather to Brazil's ever greater importance in the global economy.

LINK: http://www.spiegel.de/international/world/0,1518,582861,00.html

COMENTÁRIO: Este extenso artigo, escrito por uma brasileira, apresenta os diversos fatores que estão fazendo o Brasil assumir um papel mais significativo na arena internacional e passar a ser um player de maior peso. O artigo mostra também os desafios, internacionais e domésticos, que o país tem pela frente para poder atingir seus objetivos. É interessante ver o que estão publicando lá fora sobre o nosso país.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Sinopse Internacional - Outubro 2008

FONTE: BNDES
DATA DA NOTÍCIA: 01/10/2008

Publicação semestral do BNDES, em seu número 10, aborda o panorama mundial da economia, incluindo temas como a evolução dos preços das commodities, histórico dos índices das bolsas entre 2006 e 2008, taxa de juros média dos Federal Funds, desempenho da economia mundial e previsões de crescimento, composição do PIB mundial dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, desedobramentos da crise subprime, aceleração da inflação mundial, evolução do comércio exterior brasileiro com detalhes sobre a exportação do etanol e uma matéria especial, bastante detalhada, sobre o panorama dos fundos soberanos.

LINK: http://www.bndes.gov.br/conhecimento/publicacoes/cataologo/sinopse_intl.asp

COMENTÁRIO: Como sempre a publicação do BNDES, permite ter uma visão ampla e bem fundamentada da evolução da economia mundial. Este número apresenta na, página 8, as estatísticas de citei em meu comentário ao post anterior do André Lauria, sobre o PIB dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Para resumir, em 1998, o PIB dos países emergentes e em desenvolvimento representava 58% do PIB dos países desenvolvidos. Em 2008, esta relação será de 81%. Existem duas tendências muito importantes em curso. No mesmo período, o PIB dos países desenvolvidos apresentou uma queda de cerca de 13%, enquanto que o PIB dos emergenteres e em desenvolvimento apresentou um aumento na ordem de 22%. A previsão é que os dois valores iriam se igualar entre 2018 e 2020. Com a crise nos países desenvolvidos, é possível que esta previsão se antecipe. A médio prazo estamos falando de uma maior participação dos países em desenvolvimento na economia e nas decisões mundiais e uma maior equilibrio da riqueza no mundo. Ná página 9 são apresentados alguns gráficos do lucro líquido dos principais bancos americanos, o que permite entender melhor a crise subprime.

Veja também a edição anterior: Sinopse Internacional - Janeiro 2008

Victor Rizzo - Blog Nossos Negocios

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A ascensão do resto do mundo: os desafios da Nova Ordem Mundial

FONTE: Der Spiegel
DATA DA NOTÍCIA: 3/10 /2008

Os Estados Unidos não são mais capazes de suportar a crise mundial. Mas quem assumiria o seu lugar? A Rússia, o Brasil, a China e a Índia estão em ascensão, mas eles estão competindo também com a Europa e os Estados Unidos por recursos naturais finitos.

Estamos vivendo uma era na qual não há uma única potência dominante. O globo está acossado por crises (...). Nenhum país é capaz de elaborar soluções para problemas desse tipo. Nem mesmo as Nações Unidas estão a altura dessa tarefa.

Quais são as potências decisivas nesta nova ordem mundial? Os Estados Unidos, a Rússia, a Índia, a China, o Brasil e a União Européia estão sem dúvida entre elas. É interessante que estes países estejam se aproximando cada vez mais. A atual crise financeira demonstrou como as relações entre eles se aprofundaram. Outras similaridades são também reveladoras. Com a exceção dos europeus, cada um desses países contém aspectos do primeiro, do segundo e do terceiro mundo. Na megalópole Mumbai, por exemplo, a maior favela da Ásia fica ao lado de uma próspera área econômica. Uma pessoa que faça uma viagem pela Rússia encontrará tanto uma riqueza impressionante quanto uma pobreza absoluta. Até mesmo nos Estados Unidos, o país mais rico do mundo, parte da população luta para ter um padrão decente de vida. Esses países não são nem inimigos nem amigos uns dos outros; eles são "frenemies", competidores na busca por escassos recursos mundiais. Eles asseguram aos seus povos que são capazes de modelar a próxima ordem global e de garantir o futuro bem-estar da população, mas as respectivas idéias de futuro podem variar bastante. (...). As elites produtivas sabem que onde houver favelas haverá "cidades fracassadas" e "Estados fracassados".

Novas alianças que jogam os países uns contra os outros não serão capazes de resolver os desafios do século 21. Novas formas de cooperação internacional, consulta e compromisso precisarão desempenhar um papel central em um mundo multipolar. (...). Somente um futuro comum - "mudança através do bom relacionamento" e não "um choque de futuros" - poderá nos impulsionar para adiante.

LINK:http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/derspiegel/2008/10/03/ult2682u960.jhtm

COMENTÁRIO: Texto bem interessante este do Wolfgang Nowak, ligado ao Deutsche Bank. O conceito de "frenemies" reforça a responsabilidade global que os países de destaque passam a ter em um mundo multipolar e a necessidade de cooperação entre eles. É para pensar muito quando ele coloca que somente um futuro comum poderá nos impulsionar para adiante. Desafios complexos: novas soluções ou o antigo que nunca conseguiu ser feito direito?

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Falta de mão-de-obra freia empresas em emergentes, diz relatório

FONTE: BBC BRASIL
DATA DA NOTÍCIA: 23/09/2008

Um levantamento realizado pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU, na sigla em inglês) afirma que executivos acreditam que o principal empecilho para o crescimento de suas empresas nos países emergentes é a falta de mão-de-obra qualificada.

Mais de 1,3 mil executivos foram ouvidos no levantamento, que é um dos maiores já realizados sobre como as empresas avaliam as condições que enfrentam para fazer negócios em 15 países emergentes, entre eles o Brasil.
Quase um em cada quatro executivos, 23% deles, diz acreditar que a falta de mão-de-obra qualificada é um grande problema para suas empresas nesses países.
Cerca de 75% dizem acreditar que esse é pelo menos um empecilho de importância moderada.

LINK: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/09/080923_pesquisaeiu_emergentesrg.shtml

COMENTÁRIO: Este assunto já tinha sido assunto de outros post do blog. Vide os links


Basicamente estamos falando em deficiências do sistema de educação e do gargalo que isto gera para o crescimento econômico. A má notícia é que este gargalo não se resolve de uma hora para outra. Temos que investir em educação agora para que o pais tenha uma mão de obra suficiente e de boa qualidade daqui a 15 anos. A formação de bons profissionais não se dá forma rápida. No caso de executivos isto exige, alêm de uma boa formação, tempo e experiência, erros e acertos, oportunidade de experimentar e aprender. Não se formam executivos em apenas bancos de MBA.
Veja também o artigo : "Falência do ensino e destruição do Futuro" no Site - O Futuro Começa Agora.
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Royalties: quase 80% é contingenciado

FONTE: Contas Abertas
DATA DA NOTÍCIA: 16/09/2008

Ainda não se tem certeza sobre o valor que o governo federal arrecadará pela exploração das novas reservas de petróleo acumuladas na camada do pré-sal. Ainda assim, os estados já se digladiam pela maior fatia dos royalties. Enquanto isso, 60% dos recursos globais autorizados em orçamento para este ano oriundos da fonte de “compensação financeira por exploração de petróleo ou gás natural” ainda não foram aplicados pelos governos federal e estaduais. Dos R$ 24 bilhões previstos no orçamento para 2008 com recursos originados dessa fonte, apenas R$ 9,7 bilhões foram efetivamente gastos até agora, incluindo os chamados restos a pagar - dívidas de anos anteriores roladas para exercícios seguintes. Do montante previsto exclusivamente para uso do governo federal, R$ 8,9 bilhões, pouco mais de R$ 7 bilhões (79%) estão congelados na chamada reserva de contingência, que anualmente ajuda nas metas de superávit primário do governo federal (veja a tabela).

Além disso, da arrecadação global de royalties sob responsabilidade da União este ano (R$ 8,9 bilhões), apenas R$ 763 milhões foram desembolsados, o que representa somente 9% do total previsto em orçamento. A compensação financeira é restituída pelas empresas concessionárias ao orçamento da União por meio dos royalties – valores pagos sobre a produção bruta de petróleo – e das “participações especiais” – calculadas sobre a receita líquida trimestral dessa produção e só para uma produção de 30 mil barris por dia ou mais.Dentre os baixos índices de gastos realizados com recursos adquiridos pelos royalties, destaca-se o Ministério do Meio Ambiente (MMA). O órgão é responsável por administrar R$ 1,1 bilhão dos recursos originados da compensação financeira por exploração de petróleo ou gás natural, mas até agosto aplicou apenas R$ 1,2 milhão – o que não representa sequer 1% do orçamento global previsto para a pasta (veja tabela do MMA).

Do valor global administrado pelo órgão, R$ 9,6 milhões (1%) são efetivamente passíveis de execução com despesas do ministério, segundo informa a assessoria do MMA. O restante é enquadrado na reserva de contingência. Os recursos são utilizados no desenvolvimento de estudos, pesquisas e projetos relacionados com a preservação do meio ambiente e a recuperação de danos ambientais causados pelas atividades da indústria do petróleo.Em seguida, o menor percentual de execução está a cargo do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que neste ano desembolsou somente 23% do R$ 1,4 bilhão autorizado em seu orçamento (veja tabela do MCT).

Segundo a assessoria do MCT, parte do orçamento ainda está em processo de elaboração de edital para ser liberado. “Os editais serão lançados em breve pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), mas todos os recursos serão aplicados até 2010, conforme projetado, em março deste ano, pelo Conselho Gestor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico”, explica a assessoria em nota.Dentre as ações do MCT com base nos recursos arrecadados por royalties estão as atividades de pesquisa, de qualificação de recursos humanos, diagnóstico das necessidades e prognóstico das oportunidades para a indústria do petróleo. Os recursos do ministério devem, ainda, financiar programas de amparo à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados ao setor do petróleo e do gás natural.

O Ministério da Defesa também desembolsou pouco este ano com verba originada da fonte de compensação financeira por exploração de petróleo ou gás natural. Somente 20% do total de R$ 1,7 bilhão foi gasto pela pasta (veja tabela da Defesa). A Marinha do Brasil, responsável pela execução do orçamento levantado pelos royalties do petróleo destinados à Defesa, justifica que o montante disponível para o ministério é composto por R$ 706 milhões da reserva de contingência e por R$ 994 milhões de Orçamento de Custeio e Capital (OCC), que incluí as despesas do dia-a-dia do órgão. “Do montante passível de empenho, a Marinhas do Brasil efetivamente gastou cerca 45% (R$ 297,03 milhões)”, justifica o ministério. A Marinha esclarece, ainda, que a limitação nos gastos se dá, principalmente, pelo contingenciamento aplicado ao Ministério da Defesa. Segundo o ministério, o orçamento é utilizado para atender aos encargos de fiscalização e proteção das áreas de produção do petróleo. Além disso, com esses recursos a Marinha custeia a manutenção, reaparelhamento e reparos de equipamentos, a aquisição de combustíveis e sobressalentes utilizados nas missões e a capacitação de pessoal.

Os royalties administrados diretamente pelo Ministério de Minas e Energia (MME) totalizam R$ 4,5 bilhões em 2008. Desse total, apenas 2% foram efetivamente gastos. Segundo o MME, os recursos contemplam programas do próprio ministério, além de serem redistribuídos para outros órgãos vinculados, como a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM, por exemplo, para onde há dotação de R$ 717,5 milhões. Desse montante, 88% estão contingenciados e somente 5% do valor global foram aplicados pela companhia até agora. Para a Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis – ANP, o orçamento prevê R$ 3,2 bilhões, dos quais 99% estão destinados à reserva de contingência (veja tabela do MME).

O MME tem à disposição de seus programas, com recursos dos royalties, o total de R$ 670,4 milhões, tendo sido gasto pouco mais de 1% desse valor. A justificativa: R$ 661,2 milhões (99%) na reserva de contingência. De acordo com o ministério, os recursos são utilizados para o financiamento de estudos, pesquisas, projetos, atividades e serviços de levantamentos geológicos básicos no território nacional. Além desses montantes, o MME é responsável também por emitir os empenhos referentes às “transferências constitucionais e as decorrentes de legislação específica”, que são as arrecadações repassadas aos estados e municípios. Do montante de R$ 15,2 bilhões, o ministério empenhou quase 100%, tendo sido repassados efetivamente R$ 6,6 bilhões às regiões beneficiárias. Vale lembrar que os repasses aos estados e municípios são feitos em parcelas mensais e que a execução do orçamento distribuído não é passível de acompanhamento pelo o Sistema de Administração Financeira do governo federal (Siafi).

Debate precipitado

De acordo com Roberto Piscitelli, economista e professor de finanças públicas da Universidade de Brasília, o governo tem colocado o “carro na frente dos bois”. O economista acredita que a aposta sobre o pré-sal é muito alta e precipitada. “Ainda não temos certeza da viabilidade da exploração no pré-sal”, afirma. Além disso, Piscitelli lamenta que a discussão sobre o rateio dos royalties tenha se tornado de baixo nível. "A briga pela maior parte dos royalties só demonstra a pobreza de valores dos nossos líderes. Cada estado quer uma parte maior alegando que a região sofre pela exploração, mas se somos uma federação é preciso termos consciência de que a melhor distribuição é a descentralizada", diz o economista.

Para Piscitelli, as arrecadações são resultado do apoio dos contribuintes nos mais de 50 anos de existência da Petrobrás e por isso deveriam ser bem aplicadas, ou ao menos aplicadas de fato. “O aspecto da baixa execução do orçamento é crônico e atinge quase toda a programação orçamentária, mesmo naquilo com que o governo efetivamente se compromete a gastar”, explica o professor.

Milton Júnior (do Contas Abertas)

LINK: http://www.contasabertas.com/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=2389

COMENTÁRIO: Ainda não é possível ter certeza da viabilidade econômica da exploração, mas o fato é divulgado como receita certa. Talvez o dinheiro gerado pelo pré-sal só esteja disponível daqui a mais dois mandatos presidenciais e já estão brigando por ele. Mais do que precipitado, o debate parece pouco responsável e muito eleitoreiro.

Veja também o artigo "Pré-sal, discurso e futuro" no Site -O Futuro Começa Agora

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Doha: Brasil avisa que vai para a briga para defender o etanol na OMC

FONTE: O GLOBO
DATA DA NOTÍCIA: 23/07/2008

GENEBRA - O Brasil vai para a briga se os Estados Unidos e a União Européia insistirem em limitar o acesso do etanol a seus mercados, advertiu o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em conversa com o ministro indiano de Comércio, Kamal Nath. (Veja ainda: BID empresta US$ 269 milhões para usinas de etanol no Brasil )
A questão do etanol é considerada fundamental para um acordo na Rodada Doha, daí o interesse de Kamal sobre as barganhas envolvendo o produto. Ir para a briga significaria bloquear um acordo de Doha. Mas a decisão terá de ser bem pesada, no momento preciso, para ver se realmente compensa.
Em conversa com Kamal Nath, o chanceler demonstrou receio de que a UE tente realmente criar cota para o etanol, o que limitaria o acesso do biocombustível ao mercado europeu a um volume insignificante.
Além disso, os EUA recusam negociar a taxa de US$ 0,54 por galão importado, e tampouco apontou alguma tentativa de solução.
- Para o Brasil, a exclusão do etanol da liberalização global é politicamente inaceitável. Se não houver solução na Rodada Doha, o Brasil terá de abrir uma disputa na OMC, denunciando os EUA.

LINK:http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/07/23/doha_brasil_avisa_que_vai_para_briga_para_defender_etanol_na_omc-547375473.asp

COMENTÁRIO: As barreiras tarifárias ao etanol e a produtos chaves da agricultura são os principais pontos de negociação do Brasil na Rodada de Doha. O Brasil já ganhou a disputa do algodão na OMC e tem direito a uma retaliação comercial que ainda não utilizou. Com o impasse da negociação, agora está pressionando com a disputa litigiosa na OMC. A Brasil já tem elementos suficiente para sustentar sua tese. Um disputa na OMC entretanto leva de 4 a 5 anos.
A disputa litigiosa na OMC é um risco para EUA e EU.
Veja também a notícia sobre a disputa do algodão que o Brasil ganhou na OMS.
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Reunião 'decisiva' na OMC tenta salvar Rodada Doha

FONTE: ULTIMO SEGUNDO / BBC BRASIL
DATA DA NOTÍCIA: 21/07/2008

Ministros de cerca de 35 países-membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) participam, a partir desta segunda-feira, em Genebra, de uma reunião considerada decisiva para o futuro da Rodada Doha de liberalização do comércio global. As negociações, que se arrastam desde 2001, estarão centradas em definir as modalidades de produtos que poderão ter tratamento diferenciado nos capítulos de agricultura e bens industriais na hora de cortar tarifas de importação ou subsídios.
O único aspecto que os países tipicamente exportadores de produtos agrícolas parecem ter em comum com os exportadores de bens industriais é a certeza de que um acordo agora é fundamental para a economia mundial, abalada pela atual crise alimentar.Na semana passada, o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, alertou que o fracasso dessa reunião representará "mais uma nuvem" no cenário global e "cobrará um preço muito alto".Por sua vez, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, vaticinou que, na falta de um acordo agora, a Rodada terá que ser congelada durante pelo menos quatro anos, por conta das eleições presidenciais nos Estados Unidos, em novembro, e das eleições européias de junho de 2009.
Diferenças
Amorim chegou a Genebra na sexta-feira passada e, durante o fim de semana, manteve reuniões bilaterais com os negociadores dos Estados Unidos, da União Européia, e Lamy, além de ter participado de encontros com líderes do G20, o grupo dos países emergentes, para acertar uma agenda comum na luta pela redução dos subsídios agrícolas dos países ricos.Uma nota divulgada pelo Itamaraty neste domingo informou que os "ministros e altos funcionários" do G20 e de outros grupos que representam países em desenvolvimento (Grupo Africano, Caricom, entre outros) voltaram a criticar os "subsídios gigantescos" dos países desenvolvidos, e pediram "liderança" desses países, neste momento "decisivo" da Rodada de Doha. A nota diz ainda que os representantes dos países em desenvolvimento "enfatizaram o papel central das negociações agrícolas" na Agenda do Desenvolvimento de Doha, lembrando que a maioria dos agricultores do mundo encontra-se nos países em desenvolvimento.

LINK: http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2008/07/21/reuniao_decisiva_na_omc_tenta_salvar_rodada_doha_1458215.html

COMENTÁRIO: Em questão estão principalmente, do lado dos países desenvolvidos e redução dos subsídios agrícolas e redução de barreiras e do lado dos países em desenvolvimento menores barreiras a entrada de produtos industrializados. Atualmente elevadas barreiras tarifárias e diversas barreiras não tarifárias contribuem para o encarecimento do comércio mundial.
A discussão começou na cidade de Doha (Qatar) em 2001 e deve varias rodadas de negociação, sem grandes sucessos. Ao final acabou com uma polarização entre países desenvolvidos do norte e em desenvolvimento do sul.
Do lado dos países em desenvolvimento as discussões são lideradas pelo G20, e em particular por um subgrupo o G4 (Africa do Sul, Brasil, India e China). Estes países respondem juntos por 65% da população mundial e 22% da produção agrícola. Do lado dos países desenvolvidos EUA e UE.
Os enormes subsídios agrícolas concedidos pelos países em desenvolvimento aos seus agricultores distorcem os preços destes produtos no mercado mundial e desestimulam a produção em países em desenvolvimento. Trata-se de uma competição onde não se discute eficiência de produção e competitividade, mas sim de quem tem mais capital para financiar a produção, levando a uma concorrência desleal e a preços artificialmente baixos. A conseqüência disto é que, com a falta de estimulo para produção em países em desenvolvimento, no momento que uma parcela maior da população mundial tem acesso a uma renda maior, faltam alimentos.
Em discussão está também a redução das barreiras tarifárias (alíquotas de impostos) e não tarifárias (sanitátias etc) dos países desenvolvidos aos produtos agrícolas dos países em desenvolvimento.
Em contrapartida, os países desenvolvidos querem maior acesso aos mercados dos países em desenvolvimento para escoar seus produtos industrializados e bens de capital.
A discussão é importante pois, caso haja sucesso nas negociações, o mundo poderá reduzir barreiras comerciais de forma multilateral contribuindo assim para a abertura e o desenvolvimento do comércio e produção global.
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios

terça-feira, 15 de julho de 2008

Industriais querem PoupaTempo do Comércio Exterior em Santos

FONTE: PORTO GENTE
DATA DA NOTÍCIA: 15/07/2008

Diretoria santista do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) lançou nesta segunda-feira (14) uma campanha pela criação do PoupaTempo do Comércio Exterior. O objetivo da medida é arregimentar o maior número possível de lideranças para pressionar o poder público a fazer com que os diversos reguladores das transações comerciais externas do País, como Receita Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), assumam o compromisso de facilitar o trâmite aduaneiro.
Mudanças de comportamento deverão ser induzidas e coordenadas desde já, com participações efetivas de toda a sociedade. Assim, a idéia é garantir o comprometimento de todos com resultados, mesmo que através de uma aproximação virtual e não necessariamente um posto físico”, explica o diretor do Ciesp em Santos, Ronaldo de Souza Forte.

A regional pretende mobilizar outras entidades e empresas envolvidas nos trâmites de importação e exportação do complexo portuário santista. A Petrobrás e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) já manifestaram apoio ao movimento, que a partir de hoje disponibiliza ficha eletrônica de adesão no site http://www.ciespsantos.com.br/.

LINK: http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=16574

COMENTÁRIO: Esta iniciativa é muito importante para o aumento da competitividade das empresas que lidam com o comércio exterior. A organização do governo com relação ao comércio exterior no tocante a sistemas e legislação é boa. Entretanto a média do pessoal da linha de frente dos órgãos governamentais que lidam com o comércio exterior é mal preparado, desconhece importantes aspectos da legislação aduaneira, trata o contribuinte com má vontade e cria dificuldades e exigências que não estão previstos na legislação. Greves da Receita Federal causam vultuosos prejuízos às empresas.
O país é a 8ª economia do mundo mas está em 23º no ranking de exportações. Nosso volume de comércio exterior representa inexpressivos 1,18% do volume do comércio global. É fundamental que o governo procure agilizar os trâmites do comércio exterior. As barreiras tarifárias são muito elevadas, em média 3 a 8 vezes maiores que em países desenvolvidos. Um estudo recente colocou o Brasil em 80º lugar no ranking de abertura ao comércio internacional atrás de Uganda.
Por outro lado, as empresas tem que profissionalizar suas equipes que trabalham com comércio exterior e garantir o cumprimento das normas e legislação. Não há mais espaço para o improviso. Infelizmente alguns empresários brasileiros insistem ainda em não cumprir as normas e leis. Esta insistência obriga o governo a apertar os controles e aumentar a burocracia e acaba prejudicando a todos os demais que trabalham de forma profissional e correta.
Victor Rizzo - Blog Nossos Negócios

segunda-feira, 14 de julho de 2008

BNDES vai aportar R$1,5 bi em fundos de agronegócio e energia

FONTE: REUTERS / G1 GLOBO.COM
DATA DA NOTÍCIA: 10/07/2008

O BNDES pretende aportar 1,5 bilhão de reais em Fundos de Investimento que serão criados com foco inicial em empresas que atuam nos ramos de etanol, energia, agronegócio e melhora nos níveis de governança.
"Faz parte da estratégia do banco participar dessa indústria. Queremos ajudar na capilaridade, no crescimento das empresas", disse o chefe do departamento de investimentos do BNDES, Eduardo de Sá.
Ele espera que os investimentos do banco alavanquem mais 5,5 a 6 bilhões de reais em investimentos privados
O novo programa do BNDES prevê investimentos em 10 fundos e a participação do banco será de até 20 por cento em fundos da modalidade private equity e 25 por cento nos casos dos fundos de venture capital. O BNDES estima que dos 10 fundos que serão criados, oito deles serão de investimentos em participação (private equity) e dois em empresas emergentes (venture capital).

LINK: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL642920-9356,00.html

COMENTÁRIO: Um estudo publicado pela Energy Information Administration, orgão oficial que consolida as estatísticas de energia dos Estados Unidos, mostra que dentro da matriz energética mundial, as energias renováveis ocupam apenas 7%. No Brasil este percentual é consideravelmente maior, chegando a 46%. O Brasil está se preparando para ser um grande player mundial de energia. A descoberta das reservas do pré-sal reforçam em muito esta posição. Veja também o artigo Balanço Energético Nacional - 2008
O Balanço de Pagamentos do País (não confundir com Balança Comercial) tem registrado um expressivo aumento de superavit nos últimos anos e os investimentos atuais deverão constribuir para acelerar ainda mais este crescimento.


Qual será o impacto deste novo ciclo da economia brasileira? Tivemos o cliclo do Pau-brasil, da Cana, do Ouro e do Café. Agora provavelmente iremos viver um ciclo da Energia. Possivelmente nossos bisnetos irão estudar este momento de nossa história em seus livros.

In search of the perfect production partnership

FONTE: FINANCIAL TIMES
DATA DA NOTÍCIA: 08/07/2008

Nine months after the discovery of potentially huge deposits of oil off the coast, there is little doubt that Brazil will soon become one of the world's leading oil-producing nations.
There is much more uncertainty over how the country will manage its new-found wealth. The biggest immediate doubt - beyond the technical difficulties of getting at the very deep reserves trapped beneath a salt shelf below the ocean floor - concerns the regime under which oil companies will be invited to join Petrobras, the governmentcontrolled oil company, in bringing oil and gas to the surface.
Moreover, oil has often turned out to be a curse for developing nations. "We are a late-coming oil power," says Aloizio Mercadante, a senator for the ruling Workers' party and an economic adviser to President Luiz Inácio Lula da Silva. "That means we can go more quickly and learn from other nations."
Many oil-based economies have engendered authoritarian or populist regimes that find it hard to industrialise and have difficult relations with the rest of the world. Brazil, a mature democracy with solid institutions and a diverse industrial sector, should be able to avoid the worst pitfalls, he says. But it must still take care to manage its wealth properly.
"We must create a sovereign wealth fund to create a post-oil society," he says. "We need to promote health, education and technological advance - not a wave of consumption."

LINK: http://www.ft.com/cms/s/0/720f022e-4c87-11dd-96bb-000077b07658.html

COMENTÁRIO: É sempre interessante ver o que estão falando sobre o Brasil lá fora. A discussão sobre a utilização a riqueza gerada pelo petróleo para gerar uma transformação da economia e da sociedade é importante. Junto com esta discussão o artigo traz também o tema do modelo de concessão de exploração do petróleo.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Embraer fez entregas recordes de 97 aviões no semestre

FONTE: G1 GLOBO.COM
DATA DA NOTÍCIA: 07/07/2008

Fabricante fechou trimestre com uma carteira de pedidos firmes de US$ 20,7 bilhões. Empresa manteve sua previsão de entregas no ano entre 195 e 200 unidades. Embraer anunciou nesta segunda-feira (7) ter realizado entregas de 52 aviões no segundo trimestre, elevando o total despachado nos primeiros seis meses do ano para um recorde de 97 unidades.
A terceira maior fabricante de aviões do mundo fechou o trimestre passado com uma carteira de pedidos firmes de US$ 20,7 bilhões, ante US$ 15,6 bilhões um ano antes, valor até então recorde para a empresa.
No segundo trimestre do ano passado, a Embraer havia entregue 36 aviões, num total de 61 unidades no primeiro semestre de 2007.

LINK: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL638127-9356,00.html

COMENTÁRIO: O Brasil aparece em 23º no ranking de exportações com aproximadamente 1,2% do total do volume mundial. Um resultado inexpressivo para a 8ª economia do mundo. A liderança mundial em exportações é disputada pela Alemanha e pela China, seguidas pelo Estados Unidos.
No ranking dos importadores o país aparece em 27º lugar, sendo a liderança dos Estados Unidos, seguido da Alemanha.
Um outro dado interessante é que 60% dos lucros das exportações Chinesas vão parar em mãos estrangeiras e não dos chineses. Veja o artigo http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,2339495,00.html
Um estudo recente colocou o Brasil em 80º lugar em termos de abertura ao comércio exterior, atrás de Uganda. Vide artigo Brasil aparece em 80º lugar em ranking de abertura ao comércio exterior
Neste contexto segundo dados do MDIC, a Embraer ocupa o 3º lugar entre as 50 empresas do país que respondem com 47% das exportações. No ano passado foram US$ 4,7 bilhões em exportação (valor FOB). Aviões são o 4º item em nossa pauta de exportação. Não é pouca coisa !

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Falta de mão-de-obra especializada ameaça crescimento do Brasil

FONTE: ÚLTIMO SEGUNDO / NEW YORK TIMES
DATA DA NOTÍCIA: 02/07/2008

Para quase todos os países, com exceção da China e Índia, conquistar um crescimento de mais de 5% ao ano é difícil. Fazer isso sem mão-de-obra especializada é praticamente impossível.
Mas esse é o desafio do Brasil, o B das economias Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), a versão atual dos tigres econômicos.Depois de anos de vaivém, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva projeta um período de crescimento contínuo, com o produto interno bruto aumentando 5% ao ano de agora até 2010 e entre 3% e 4% ao ano durante a década seguinte.
Mas muitas companhias e economistas, inclusive alguns setores do governo, dizem que a falta de mão-de-obra altamente qualificada, principalmente engenheiros e executivos, irá prejudicar esses objetivos e o crescimento econômico e político do Brasil.
"A falta de disponibilidade de mão-de-obra técnica pode impedir o crescimento, sem dúvida nenhuma", disse José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras. "Esse é um grande desafio para o País". A falta de engenheiros aqui se espalha pelas indústrias. A falta de engenheiros civis e de construção ameaça projetos de infra-estrutura; setores como os de manufatura de aeronaves, petroquímicos e metais competem pelos mesmos formandos. No crescente setor de petróleo e gás, as companhias buscam mão-de-obra estrangeira porque não há brasileiros qualificados para seus postos.

LINK: http://ultimosegundo.ig.com.br/new_york_times/2008/07/02/procura_se_mao_de_obra_especializada_para_uma_economia_em_crescimento_no_brasil_1409754.html

COMENTÁRIO: A educação é sempre um gargalo para o crescimento e é um investimento de longo prazo. A falta de mão-de-obra especializada não pode ser ressolvida em curto prazo e exige investimentos e perspectivas. Nem só de investimentos se faz o desenvolvimento. No caso da Alemanha e Japão do pós-guerra, o rápido desenvolvimento só ocorreu por conta de investimento aliados com uma mão-de-obra muito qualificada. E não bastam apenas engenheiros e técnicos. É também necessária uma geração de executivos experientes para dirigir o crescimento das empresas. Não bastam somente títulos de MBA e Pós-Graduações. É necessário também experiência e vivência de grandes projetos e negócios.
Alguns de nós que chegaram ao mercado na década de 80 e ínicio da década de 90 vimos, sem perspectivas, um país onde engenheiros é técnicos não tinham mercado de trabalho. Criou-se uma lacuna e um ruptura na trasmissão de conhecimento entre profissionais com grande experiência da geração que chegou ao mercado na trabalho na década de 70, época do milagre econômico, e aqueles da geração da dédaca de 90.
Segundo resportagem publicada na revista Exame em junho de 2008, um estudo realizada pela consultoria americana McKinsey estima que a economia chinesa precisará de 75.000 profissionais com gabarito para assumir postos em multinacionais até 2010. Mas só havia entre 3.000 e 5.000 chineses com essa qualificação quando o estudo foi feito. Segundo o estudo, somente 10% dos candidatos chineses a altos cargos estão preparados. Ou seja, faltam talentos.
E se esta pesquisa fosse realizada no Brasil? Qual seria o resultado?
A despeito das dificuldades, este é um cenário em que estamos diante de um bom problema. De qualquer forma é um momento de boas oportunidades para os profissionais no mercado.
Veja também o artigo publicado por Daniel Rodel em Considerações sobre o Brasil e a Sociedade do Conhecimento
Victor Rizzo - Blog Nossos Negocios

Disponibilidade de Alimentos e produção de Biocombustíveis

FONTE: INSTITUTE FOR AGRICULTURE AND TRADE POLICY (INGLÊS)
DATA DA NOTÍCIA: 04/2008

O artigo trata de diversos aspectos relacionados à biocombustíveis, como disponibilidade de alimentos, comércio internacional, tarifas internacionais, subsídios agrícolas, investimentos internacionais em pesquisa e produção, desmatamento, desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas.
Inicialmente o artigo estabelece um contexto geral com relação à biocombustíveis e políticas de segurança alimentar.
Em seguida o artigo cita as políticas públicas relacionadas à biocombustíveis no Brasil, Estados Unidos e União Européia, bem como os subsídios existentes para a produção dos biocombustíveis e as discussões em torno do tema na Organização Mundial de Comércio.
Com relação à competição entre alimentos e biocombustíveis o artigo considera que o principal problema da fome está mais relacionado acesso (má distribuição) do que a produção.
O artigo prossegue apresentando os números de produção mundial de biocombustíveis e de soja e as principais empresas que dominam o mercado de exportação.
A seguir analisa o tema dentro do contexto da Rodada de Doha.
Sob o ponto de vista de investimentos relaciona os investimentos realizados por grandes grupos internacionais em pesquisa e produção como BP, ADN, Cargill, Mitsui, Petrobras e PetroChina, Barklays e Goldman Sachs, bem com a entrada de Investimentos Diretos Internacionais no Brasil no setor de álcool.
Dentro do contexto de agricultura, o artigo discute o tema da sustentabilidade de produção de produtos agrícolas baseada no modelo de monocultura e a necessidade de estabelecer-se padrões para o cultivo sustentável ambiental e socialmente.

LINK: http://www.iatp.org/tradeobservatory/library.cfm?refID=102282

COMENTÁRIO: O artigo é bastante completo e abrangente abordando o tema bicombustíveis com suas diversas implicações e da uma boa visão geral do tema de uma forma imparcial. Interessante é o fato de um artigo trazer os diversos aspectos que geralmente estão dispersos em artigos específicos para um mesmo documento. O tema de qualquer forma é complexo e o artigo ajuda a entender as suas diversas correlações.
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sábado, 21 de junho de 2008

Why Saudi Arabia's King Wants to Dampen Oil Prices

FONTE: DER SPIEGEL
DATA DA NOTÍCIA: 06/17/2008

Consumers aren't the only ones being hit by high oil prices. Now that the oil shock has reached producing countries, Saudi Arabia has called a crisis summit this weekend in an effort to find concerted solutions that could push barrel prices down.Others would be overjoyed to be earning a $1 billion a day, and to have good reason to expect that number to climb to $2 billion a day next year.
But Abdullah bin Abdulaziz al-Saud seems less than thrilled these days, and the newly tense atmosphere at the Saudi Petroleum and Natural Resources Ministry in Riyadh is a reflection of his mood. Early last week, the Saudi king decided that enough had been said about the oil price, and that it was time for action. He invited the world's petroleum elite to attend a meeting at his summer residence on the Red Sea, and this time he wants everyone on the list to attend: the heads of state and relevant cabinet ministers of oil-producing countries and the biggest oil consumers, the heads of ExxonMobil, Shell and Gazprom, and bankers from Merrill Lynch, Citigroup and Lehman Brothers. The meeting, to be held at the Royal Palace on the Corniche in Jiddah, Saudi Arabia, is scheduled for June 22.

LINK: http://www.spiegel.de/international/world/0,1518,560215,00.html

COMENTÁRIO: A rápida elevação dos preços do petróleo pode ser um dos principais fatores relacionados a uma possível recessão em escala global. Dentro deste cenário restritivo, as economias nacionais tendem a não realizar todo o seu potencial de crescimento, com impacto direto na lucratividade das empresas.

Além disto, a extrema elevação e volatilidade observadas recentemente nestes preços tendem a aumentar a instabilidade política e reforçar ações especulativas, devido ao aumento da incerteza verificada no mercado, o que por sua vez, não contribui para a manutenção do crescimento que a economia mundial vem experimentando nos últimos anos.

Assim, a reunião convocada por Abdulaziz al-Saud parece ser uma tentativa de alinhar as expectativas a respeito do assunto e diminuir a volatilidade atual do mercado na busca de um relativo eqüilíbrio entre oferta e demanda que possa ajudar na maximização dos lucros a médio e longo prazos.
Resumindo: recessão, inflação, instabilidade política e potenciais conflitos são desfavoráveis para os negócios de todas as empresas e o Rei Abdulaziz resolveu chamar os princiais players mundias para esfriar um pouco a especulação e trazer o mercado a patamares razoáveis.
Em tempo; quem também vai estar presente é o Presidente da Petrobrás.
Colaborou -André Lauria
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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Brasil aparece em 80º lugar em ranking de abertura ao comércio exterior

FONTE: PORTAL EXAME
DATA DA NOTÍCIA: 18/06/2008

Um dos mais fortes defensores do fim das barreiras aos produtos de países subdesenvolvidos, o Brasil aparece como destaque negativo em termos de abertura ao comércio exterior, segundo pesquisa do Fórum Econômico Mundial, divulgada nesta quarta-feira (18/06).
Entre os 118 países avaliados pela instituição, organizadora do Fórum de Davos, o Brasil aparece em 80º lugar, numa lista de quatro critérios relacionados a “fatores, políticas e serviços que facilitam o livre trânsito de bens pelas fronteiras e até o destino dos produtos”, como define o próprio Fórum.
De acordo com os autores do relatório, os fatores que mais prejudicam o Brasil no ranking são o ambiente de negócios pouco propício, quesito no qual o país foi listado em 96º lugar, e a facilidade oferecida para acesso ao mercado interno, item em que o país ocupa a 92ª posição.

LINK: http://portalexame.abril.com.br/economia/m0162221.html

COMENTÁRIO: O país continua a viver no seu mundo autista, sem perceber as enormes oportunidades comerciais que estamos perdendo. Com relação aos entraves a importação, considere que:
1- O Brasil tem uma enorme carga tributária a importação (cerca de 3 a 8 vezes maior que outros países), com incidência de impostos em cascata. A legislação tributária é esdrúxula e leonina.
2- Nossos portos, que são responsáveis por cerca de 95% do comércio exterior, possuem ainda elevados custos de operação e já estão operando nos seus limites de capacidade.
3- O transporte rodoviário interno se depara com estradas precárias e elevado risco de roubo de cargas e caminhões.
4- A burocracia para habilitação de uma empresa para o comércio exterior é enorme e as empresas se deparam com todo tipo de despreparo e má vontade por parte dos órgãos responsáveis por estes trâmites.
5- O estado possui ainda uma mentalidade retrograda mais voltada para punir os empreendedores do que fomentar o comércio.
Isto sem falar na greve de 52 dias dos fiscais da Receita Federal, que segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola gerou perdas estimadas em 170 milhões para as industrias do setor. Imagine o volume total do prejuízo para toda a economia!!!
Tá certo, quem produz tem que ser penalizado!!! Competitividade, para que ??? O que é isto ???
Como disse o nosso presidente - país não tem pressa : (((
Em tempo, no ranking da pesquisa o Brasil ficou abaixo de Uganda !!!
Veja também a notícia sobre o mesmo tema publicada no Globo http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL635244-9356,00.html
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quarta-feira, 18 de junho de 2008

BP publica Anuário Estatístico sobre Energia Mundial

FONTE: VICTOR RIZZO
DATA DA NOTÍCIA: 18/06/2008

A empresa de petróleo e gás BP publicou seu anuário estatístico sobre o mercado mundial e energia de 2008. Os temas abordados são, reservas, produção, preços e comércio internacional de Petróleo, Gás, Carvão, Energia Nuclear e Hidroelétrica. Trata-se de um documento que vem sendo publicado anualmente desde 1957, oferecendo informação de alto nível sobre o panorama energético mundial.

LINK: http://www.bp.com/liveassets/bp_internet/globalbp/globalbp_uk_english/reports_and_publications/statistical_energy_review_2008/STAGING/local_assets/downloads/pdf/statistical_review_of_world_energy_full_review_2008.pdf

COMENTÁRIO: Trata-se de uma preciosa fonte de dados estatísticos e uma detalhada análise sobre o tema energia, petróleo, gás e outras fontes energéticas, indispensável para que pretende se manter atualizado em relação a temática energia. O consumo de energia no mundo vem crescendo (2,4%) de forma constante por cinco anos consecutivos acima da média histórica, puxado principalmente pelo aumento de consumo na China (7,7%) e na Índia (6,8%). A China contribui com 52% do aumento total no consumo de energia mundial. O consumo da União Européia por sua vez baixou em 2,2%, sendo a maior redução obtida pela Alemanha.
Os países membros da Opep detêm 75,5% das reservas de petróleo comprovadas do mundo, o que os dá um enorme poder de barganha no cenário mundial. Apesar disto sua produção representou apenas 43% da produção mundial em 2007. Do total das reservas mundiais de 61% estão concentradas nos países do Oriente Médio.
Já os Estados Unidos, respondem por 2,4% das reservas comprovadas, 8,0% da produção e 23,9% do consumo mundial. Tamanha desproporção entre reservas e consumo geram uma enorme pressão econômica e política e deixa claro os motivos dos Estados Unidos em invadir o Iraque que possui 9,3% das reservas. Só o população americana que não enxerga isto. A diferença entre consumo per capta dos americanos para o resto do mundo também salta aos olhos.
Na página 16 do relatório, um gráfico muito interessante apresenta a evolução do custo do barril entre 1861 e 2007. Na página 21, um mapa muito interessante apresenta o fluxo de exportação e importação de petróleo nos diversos países do mundo. As mesmas análises são apresentadas também para as demais fontes de energia.
Os números não são exatamente uma novidade, pois esta evolução já era conhecida.
A má noticia. Os estudos da BP indicam que as reservas de petróleo mundias tem prazo para acabar: 41 anos. O que acontece depois disto? Veja os artigos sobre Energia - Renováveis no Blog.
Como o relatório é de 2007 ainda não apresenta as últimas descobertas de reservas de petróleo feitas no Brasil. Sobre o aumento das reservas brasileiras de petróleo veja também o artigo publicado no dia 22/05 Petrobras descobre mais indícios de petróleo na bacia de Santos
Em tempo, para quem não sabe a BP era a antiga British Petroleum, que agora passou a adotar o simpático nome de Beyond Petrol, como a logomarca que faz lembrar um sol ou uma flor. Sugestivo não? Eles devem saber o que estão fazendo... : )
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segunda-feira, 16 de junho de 2008

Valor das empresas na Bolsa alcança o PIB

FONTE: FOLHA ONLINE
DATA DA NOTÍCIA: 16/06/2008

O crescimento e a consolidação do mercado de capitais brasileiro nos últimos anos fizeram o valor das empresas listadas na Bovespa se equiparar pela primeira vez ao tamanho do PIB brasileiro -algo impensável no começo da década.
As cerca de 450 companhias listadas na Bolsa de Valores de São Paulo representam um valor de aproximadamente R$ 2,5 trilhões. O PIB (Produto Interno Bruto) do país fechou 2007 em R$ 2,55 trilhões.
Em maio, quando a Bovespa atingiu seu recorde histórico de pontuação, o valor das empresas superou os R$ 2,6 trilhões.
O que se via até 2005 era uma diferença muito grande no tamanho da Bolsa em comparação à economia brasileira. Em 1996, o valor de mercado das empresas cotadas na Bolsa representava aproximadamente 27% do PIB. Em 2000, essa proporção havia subido, mas se mantinha em níveis baixos, em torno de 37%.

LINK: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u412753.shtml

COMENTÁRIO: Este cenário é resultado de diversos fatores, tais como o significativo aumento de IPO´s nos últimos anos (quase 50 no ano passado) e a fusão da Bovespa e BM&F que deu origem à terceira maior bolsa do mundo e a segunda das Américas em valor de mercado. Além disto, é claro, os bons ventos da economia brasileira, a despeito dos temporais do mercado internacional, a redução do risco de investimento e a melhora do perfil das empresas, resultaram em um maior afluxo de capitais de investidores externos e domésticos. O movimento diário entre janeiro a março deste anos cresceu em quase 70% em relação ao mesmo período do ano passado. Com tudo isto o país ainda tem fôlego para crescer, ao contrário de algumas economias de países mais industrializados que estão em compasso de estagnação. A onda de otimismo que se instalou em relação a bolsa somente reforça os investimentos. Esperamos que este seja o início de um longo ciclo de prosperidade para o pais.
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domingo, 15 de junho de 2008

Diferenças de Disponibilidade de Alimentos no Mundo

FONTE: ENVIADO POR E-MAIL - FRANCINE PINHEIRO
DATA DA NOTÍCIA: 13/06/08

Enquanto avança a discussão sobre a escassez de alimentos no mundo, pesquisas indicam que uma família alemã gasta em média 10% de sua receita mensal com alimentos, enquanto em países da África as famílias chegam a gastar 50% de sua receita com alimentos. Além da diferença na proporção, existe também uma enorme diferença na dieta alimentar. A pesquisa abaixo (fonte não nomeada) apresenta as fotos e os valores do consumo semanal de alimentos de uma família em diversas partes do mundo.

1 - Alemanha- Bargteheide
Família Melander
Despesa com alimentação em 1 semana: 375,39 Euros / US$500,07 dólares


2 - Estados Unidos da América - Carolina do Norte
Família Revis
Despesa com alimentação em 1 semana: US$341,98 dolares

3- Italia - Sicília
Família Manzo
Despesa com alimentação em 1 semana: 214,36 Euros / US$260,11 dólares



4 - México - Cuernavaca
Família Casales
Despesa com alimentação em 1 semana: 1.862,78 Pesos / US$189,09 dólares


5 - Polónia - Konstancin-Jeziorna
Família Sobczynscy
Despesa com alimentação em 1 semana: 582,48 Zlotys / US$151,27 dólares


6 - Egito - Cairo
Família Ahmed
Despesa com alimentação em 1 semana: 387,85 Egyptian Pounds / US$68,53 dólares


7 - Equador - Tingo
Família Ayme
Despesa com alimentação em 1 semana: US$31,55 dólares


8 - Butão - vila de Shingkhey
Família Namgay
Despesa com alimentação em 1 semana: 224,93 ngultrum / US$5,03 dólares


9 - Chade - campo de refugiados de Breidjing
Família Aboubakar
Despesa com alimentação por semana: 685 Francos / US$1,23 dólares


COMENTÁRIO: Além das enormes diferenças entre valores de consumo de alimentos, um olhar mais atento pemite verificar:
1-Os alimentos dos países desenvolvidos possuem uma quantidade muito maior embalagens do que os dos países em desenvolvimento. As embalagens são geralmente produzidas com plástico, vidro, papel ou papel revestido de aluminio (tretrapack). Mais embalagens, mais lixo!
2- A dieta dos países desenvolvidos inclui, proporcionalmente, mais proteínas de origem animal.
3-A dieta dos países em desenvolvimento inclui, proporcionalmente, muito mais alimentos naturais (não industrializados), portanto livre de conservantes;
4- As fotos e números nos fazem pensar se o problema enfrentado pelo mundo é escassez ou má distribuição dos alimentos?
5- O fato dos alemães possuirem o maior valor semanal, aparentemente não os faz mais alegres. Se compararmos as fotos veremos que as demais famílias aparentam maior alegria.
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terça-feira, 10 de junho de 2008

AIE pede investimentos globais de US$ 45 trilhões em energia renováveis até 2050

FONTE: CANAL ENERGIA
DATA DA NOTÍCIA: 09/06/2008

Atender a crescente demanda de energia sem agravar o aquecimento global é o principal desafio para o setor energético global. A Agência Internacional de Energia divulgou que a mudança para uma fonte de energia limpa e renovável custará ao planeta US$ 45 trilhões de 2010 a 2050. "Uma revolução tecnológica para energia é necessária para nos colocar em um caminho mais sustentável", afirma a AIE no relatório Energy Technology Perspectives 2008: Scenario & Strategies to 2050. O principal cenário é o Blue, que trabalha sobre a perspectiva de reduzir as emissões em 2050 pela metade em relação aos níveis atuais.Cenário desenhado pela AIE mostra que a geração de energia renovável subiria dos atuais 18% para 46% em 2050.

LINK: http://www.canalenergia.com.br/zpublisher/materias/Newsletter.asp?id=65389

COMENTÁRIO: Apenas para termo de comparação, o valor do investimento necessário equivale à cerca de 28,6 vezes o PIB Brasileiro de 2007. Para se ter uma ideia do que isto representa, considere que o investimento global em energias renováveis em 2007 foi da ordem de US$ 71 bilhões. Ou seja, estamos falando em 634 vezes o valor investido em 2007. Isto representa um investimento da ordem de 1,1% do PIB mundial de forma constante nos próximos 40 anos.
O mundo está diante de um dos seus maiores desafios vividos até hoje, que é o de mudar a matriz energética estabelecida desde a idade moderna com a Revolução Industrial, baseada em combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo e gás). Trata-se de mudar em 40 anos, uma matriz energética e toda uma economia baseada nesta matriz, estabelecida nos últimos 200 anos. Hoje a participação das energias renováveis no mundo não passa de 6,2% e deveria chegar a cerca de 48% em 2050 se quisermos conter o aquecimento global por emissões de CO2.
Não se trata apenas de migrar para fontes de energias mais limpas em face do problema do aquecimento global devido às emissões de CO2, mas também fazer frente ao problema escassez do petróleo, cujas reservas são limitadas e já ameaçam concretamente o crescimento da economia mundial. O cenário e tão mais desafiador se consideramos que além da mudança da matriz energética as projeções indicam que o consumo mundial de energia deverá dobrar até 2050. Sem dúvida um desafio sem precedentes, mas também um ambiente de muitas oportunidades.
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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Food summit draws up plan to "eliminate hunger"

FONTE: REUTERS - INTERNACIONAL
DATA DA NOTÍCIA: 03/06/2008

ROME - A U.N. global food crisis summit will draw up an emergency plan on Wednesday to mobilize aid, reduce trade barriers and invest in farming in poor countries to stop the spread of hunger threatening nearly one billion people.
"We commit to eliminating hunger and to securing food for all, today and tomorrow," read a draft declaration from the three-day Rome summit, whose opening session on Tuesday was attended by leaders of about 44 nations.
The United Nations' Food and Agriculture Organization called the emergency meeting amid soaring commodity prices that threaten to add as many as 100 million more people to the 850 million already going hungry and destabilize governments.

LINK:http://www.reuters.com/article/email/idUSL2923668720080603?pageNumber=1&virtualBrandChannel=0

COMENTÁRIO: Uma briga que está apenas começando. Em jogo, muito mais interesses políticos do que humanitários. Cinco são as correntes básicas desta discussão.
1- A utilização de produtos agrícolas para produção de biocombustível está gerando escassez de alimento e portanto o aumento dos preço internacionais.
2- Os altos subsídios agrícolas dos países desenvolvidos geram uma competição desleal e desestimulam os agricultores de países em desenvolvimento a cultivar estes produtos agrícolas o que está gerando uma redução na oferta e conseqüente alta dos preços.
3- Existem mais pessoas tendo acesso à comida nos países em desenvolvimento e o aumento do consumo está provocando a alta de preços.
4- As barreiras comerciais (impostos e barreiras técnicas) encarecem os preços dos produtos e dificultam um maior fluxo de mercadorias mundial.
5- A alta no preço do petróleo encareceu os transportes nacionais e internacionais, contribuindo para o aumento do preço dos alimentos.
Como se não bastasse, no meio desta situação, alguns países estão estabelecendo barreiras à exportação como forma de proteger seus estoques domésticos. Enquanto um tenta empurrar a culpa para o outro, os preços de algumas commodities duplicaram ao longo dos dois últimos anos e quase 1 bilhão de pessoas passa fome no mundo.
Poucos ganham muito dinheiro, e muitos perdem a vida.