segunda-feira, 26 de maio de 2008

Biocombustível de Petróleo ?!?

FONTE: BRUNO ENGERT RIZZO
DATA DA NOTÍCIA: 13/04/2008

Nesse artigo o autor aborda o equivoco que representa investir numa política energética de biocombustíveis no longo prazo. Etanol, biodiesel ou qualquer produto que tem origem na agricultura intensiva demandam fertilizantes e pesticidas que, por sua vez, são altamente demandantes de insumos que derivam do petróleo e do gás. Além disso, o planeta enfrenta uma crise de alimentos. Estamos diante de um futuro de escassez de hidrocarbonetos e bio-combustíveis competem com alimentos. Investir em biocombustíveis é portanto um erro que mostra falta de visão estratégica de longo prazo.

LINK: http://www.ofca.com.br/BOTAO_PRINCIPAL/PUBLICACOES_ARTIGOS/ARTIGOS/13_04_08_BIOCOMBUSTIVEL_DE_PETROLEO_BRUNO_ENGERT_RIZZO.pdf

COMENTÁRIO: O artigo aborda um tema ainda não considerado na discussão dos biocombustíveis, ou seja, que estes são altamente dependentes de insumos derivados do petróleo. Uma abordagem de certa forma inédita sobre o tema e mostra que biocombustíveis podem ser uma solução a curto prazo, mas que a longo prazo serão também afetados pela escassez deste insumo com reservas limitadas. O caminho de longo prazo é então o desenvolvimento de tecnologias de geração de energias renováveis que não dependam deste insumo, como energia eólica e solar. O Governo que faz tanto estardalhaço em torno dos biocombustíveis parece cego a este fato. Como se não bastasse o país ainda carece de marcos regulatórios que incentivem o desenvolvimento da energia eólica, tal como fez a Alemanha da década de 70. A lei 10.438 de 2002 que estabelece o Proinfa restringe os investimentos externos no segmento. Sem legislação clara e perspectiva de retorno sobre investimentos não há investidores.