terça-feira, 8 de julho de 2008

G8 aceita reduzir emissão de gases pela metade até 2050

FONTE: G1 GLOBO.COM
DATA DA NOTÍCIA: 08/07 /2008

Esta foi a primeira vez que os EUA aceitam meta de redução de gases. Cúpula também está definindo objetivos para diminuição de gases a médio prazo. Os líderes do G8, o grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia, concordaram em reduzir a emissão de gases poluentes ao menos em 50% até 2050, uma medida para combater os efeitos das mudanças climáticas e o aquecimento global, anunciou nesta terça-feira (8) o primeiro-ministro japonês, Yasuo Fukuda.

O acordo foi anunciado durante o segundo dia de reunião da cúpula anual do G8, no Japão, da qual participam Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia.

Fukuda disse que o grupo pediu para alguns países o estabelecimento de metas de médio prazo para diminuir as emissões dos gases CO2 responsáveis pelo aquecimento global até 2020.

LINK: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL639135-9356,00.html

COMENTÁRIO: O acordo é extremamente importante, principalmente após as dificuldades relacionadas ao Protocolo de Kyoto. Não há dúvida que a meta de redução de 50% até 2050 é ambiciosa. Mas o tempo está passando. As metas do Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, eram de 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012. Para os os membros da UE, existia uma meta de 15% abaixo das emissões esperadas para 2008. Compromissos não foram cumpridos e metas não foram atingidas. O Brasil é o 4º maior emissor de CO2 do mundo e ainda não tem um plano definido para o combate às mudanças climáticas.
A principal questão em relação à este novo acordo é a transformação desta meta de longo prazo em metas de médio e curto prazo. Se isto não ocorrer, os governantes de hoje estão fazendo apenas uma encenação e jogando para os governantes do futuro distante a responsabilidade por cumpri-las. Entretanto, em se tratando de aquecimento global, se não houver ações concretas hoje as perspectivas futuras serão sombrias. A medida que passa o tempo a situação se agrava. Os efeitos são cumulativos. As consequências em escala global. Equanto isto os políticos mundiais se perdem em discussões paralizantes para não fazer nada e empurrar o problema com a barriga. A falta de sentido de urgência é chocante.

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