FONTE: ECONOMIST
DATA DA NOTÍCIA: 04/12 /2008
Energy: Wind power has established itself as an important source of renewable energy in the past three decades. The basic idea is ancient, but its modern incarnation adds many new high-tech twists.
Old-fashioned windmills, no longer used to grind flour, have become tourist destinations in much of the developed world. Most people would agree that wooden windmills fit pleasingly into the landscape, and are charming reminders of a simpler, agrarian past. But opinion is divided about their high-tech descendants, wind turbines, which are springing up across the world as a source of renewable electricity. To some they are a blight on the landscape; to others they are graceful, majestic structures that signal the shift towards new sources of energy.
The first wind farms sprouted in California in the early 1980s, beneficiaries of generous tax credits. Among the rolling hills of Altamont Pass, near San Francisco Bay, some early turbines can still be seen spinning, turning a portion of the wind’s kinetic energy into electricity. With capacity of mere tens of kilowatts and a rotor diameter of 15 metres or so, these windmills are no giants, at least by today’s standards. New machines typically have a capacity of 1.5-2.5 megawatts (MW), or 30 to 50 times that of the early Altamont Pass turbines, with rotor diameters as great as 100 metres, so that their blades sweep an area about the size of a football field.
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The wind-power industry has come a long way since the first Altamont Pass turbines started to spin. Although wind generates only about 1% of all electricity globally, it provides a respectable portion in several European countries: 20% in Denmark, 10% in Spain and about 7% in Germany. Wind power is also on the rise in America, where capacity jumped by 45% last year to reach nearly 17 gigawatts (GW) at the end of 2007. In China the pace has been faster still. Since the end of 2004, the country has nearly doubled its capacity every year. Globally, wind power installations are expected to triple from 94GW at the end of 2007 to nearly 290GW in 2012, according to BTM Consult, a Danish market-research firm. They will then account for 2.7% of world electricity generation, the company predicts, and by 2017 their share could be nearly 6%.
LINK:
http://www.economist.com/science/tq/displaystory.cfm?story_id=12673331COMENTÁRIO: O artigo apresenta de forma rápida um resumo da evolução do mercado de energia eólica nas últimas 3 décadas. A partir do início do anos 70, com a segunda crise do petróleo em 1973, os países perceberam que não podiam deixar as suas economias a mercê do preço do petróleo. Notadamente os países com base industrial e grande dependência de importação de petróleo, tais como Alemanha, Espanha, Dinamarca e Estados Unidos, começaram a investir em pesquisa para desenvolvimento de tecnologia para geração de energia eólica. A primeira usina eólica comercial conectada a rede publica foi instalada em 1979 na Dinamarca. A partir dai, em alguns países como Alemanha, os governos passaram a dar incentivos que permitiram que a indústria se desenvolvesse, ganhasse escala e atraísse investimentos do setor privado.
No Brasil, com uma matriz energética baseada em energia hidráulica, petróleo e biomassa, apesar da boa disponibilidade de ventos na região sul e nordeste, a introdução das unidades de geração por energia eólica demoraram muito a acontecer.
Até ha algum tempo atrás a posição (míope) do governo era de não incentivar os investimentos em geração por energia eólica, porque o país não dominava e ainda não domina, a tecnologia de desenvolvimento de geradores eólicos e isto representaria ter que pagar por tecnologia importada.
O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, o PROINFA criado em 2002, com investimento do BNDES a partir de 2004, foi muito criticado pela indústria por exigir um alto índice de nacionalização dos equipamentos (60%). Esta meta é difícil de ser atingido em um país que conta com apenas dois fornecedores de turbinas geradoras, o último instalado no ano passado. Soma-se a isto o baixo preço pago nos leilões de energia. Na prática, até 2007, após 5 anos de existência o PROINFA só tinha atingido 26% de suas metas.
Uma das primeiras empresas fabricantes de geradores eólicos a atuar no Brasil, a partir de 1996, foi a Wobben Windpower , subsidiária da ENERCON GmbH da Alemanha, que possui duas unidades industriais uma em Sorocaba (SP) e a outra em Pécem (CE) e já instalou mais de 200 aerogeradores no país.
O primeiro grande investimento em geração de energia foi em 2005 no Parque Eólico de Osório, localizado no Rio Grande do Sul com 75 torres com 98 metros de altura e uma capacidade de geração de 150 MW entrou em operação no início de 2007. O investimento total na época foi de R$ 670 milhões, dos quais 69% foram financiados pelo BNDES.
Recentemente os pais têm atraído investimento de fabricantes de aerogeradores, como a alemã Führlander que está investindo R$ 20 milhões na construção de uma unidade industrial em Pecém.
A argentina Impsa está se instalando no país e prevê investimento também na ordem de R$ 20 milhões.
Entre as empresas de geração de energia destacam-se a Ventos do Sul pertencente à espanhola Enerfin/Enervento (Grupo Elecnor) com 90%, à alemã Wobben com 9% e à brasileira CIP Brasil, com 1%.
A carioca Multiner, empresa de capital aberto, esta desenvolvento dois projeto Alegria I e Alegria II em Grumaré, no Rio Grande do Norte, com 92 turbinas eólicas fornecidas pela dinamarquesa Vestas e uma capacidade total planejada de 151,8 MW.
Hoje existem no país, segundo informações divulgadas pelo Ministério de Minas e Energia, 75 empreendimentos em operação, 38 em construção e 21, com EPC.
No mundo a demanda por energia eólica tem crescido de forma expressiva, a taxa superiores a 20% ao ano e o Brasil ocupa o tímido 20º lugar.
De acordo com o Altas do Potencial Eólico Brasileiro elaborado pelo MME, o país possui um potencial de 143,4 GW distribuído em 5 regiões, o que equivale a 10 Usinas de Itaipu. Isto, com uma geração distribuída e impactos ambientais muito menores.
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